Ibovespa desaba mais de 3% com repercussão do Auxílio Brasil

Dólar salta e encerra a R$ 5,59

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira despencou 3,28% no pregão desta terça-feira (19). O mercado repercutiu negativamente a notícia da pretensão do governo em elevar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, para R$ 400 em 2022. O Ibovespa foi na contramão do cenário internacional que segue surfando nos bons números da temporada de resultados corporativos trimestrais.

Com a elevação do benefício do Auxílio Brasil, parte do novo valor, cerca de R$ 100, seria contabilizado fora do teto de gastos, complicando ainda mais a situação econômica brasileira. A notícia também repercutiu negativamente dentro da equipe do Ministério da Economia, de Paulo Guedes.

O Ibovespa chegou a registrar perdas de 3,98%, mas após o cancelamento do lançamento do programa social o índice chegou a reduzir o prejuízo para 2,5%. Porém, o benchmark voltou a cair e encerrou o pregão com queda acima dos 3%.

A votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos precatórios, na comissão especial da Câmara, foi cancelada. A reunião foi agendada para quarta-feira (19). A votação da PEC vai indicar se o governo terá ou não espaço de manobra para “driblar” o teto de gastos.

Nos Estados Unidos, o cenário continua sendo otimista. Das 41 empresas componentes do índice S&P 500 que informaram seus resultados relativos ao terceiro trimestre, 80% superaram as expectativas, segundo dados do FactSet.

A Johnson & Johnson registrou crescimento de 3,2% em seus lucros no terceiro trimestre deste. A companhia apurou que obteve um lucro líquido de US$ 3,67 bilhões, resultando em um ganho por ação ajustado de US$ 2,60, superando a previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 2,35.

A Netflix anunciou que registrou lucro líquido de US$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, uma alta de 83% na comparação anual. As receitas da companhia somaram US$ 7,4 bilhões entre julho e setembro, número 16,3% maior que o visto no mesmo período de 2020.

A empresa teve lucro por ação de US$ 3,19, acima das estimativas do mercado, de US$ 2,56, de acordo com o levantamento da agência FactSet.

Acompanhando o mercado norte-americano, o principal índice da Bolsa europeia, Stoxx 600, registrou ganhos de 0,43%. Afastando temporariamente a preocupação com a inflação e com a crise energética no Velho Continente.

Ibovespa

O benchmark encerrou a sessão em queda de 3,28% a 110.672 pontos. O volume negociado foi de R$ 36,163 bilhões

Dólar

O dólar comercial fechou na maior cotação desde abril, com alta de 1,33% a R$ 5,593 na compra e R$ 5.594 na venda.

Índice pela tarde

Às 15h57 (horário de Brasília), o principal benchmark brasileiro recuava 3,42% aos 110.514 pontos. O dólar comercialavançava 1,53%, a R$ 5,60.

Índice ao meio-dia 

Às 12h00 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 2,03%, aos 112.101 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,54%, a R$ 5,55.

No início desta tarde, o Ibovespa repercutiu a informação de que o governo deve elevar o Auxílio Brasil para R$ 400, até o fim de 2022, com parte do valor a ser pago fora do teto de gastos.

Ainda no radar, está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, que está prevista para ser votada nesta terça (19), às 14h, na Comissão Especial da Câmara.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h10 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 1,4%, aos 112.873 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,75%, a R$ 5,56.

Nesta terça-feira (19), o Ibovespa opera em queda diante da notícia de que o Auxílio Brasil, programa do governo para substituir o Bolsa Família, será de R$ 400 no próximo ano, tendo como parte do recursos o teto de gastos, segundo Valor Econômico, informação que aumenta o temor do mercado refletindo na bolsa.

O preço do minério de ferro registrou queda de 0,2% no porto de Qingdao diante da pressão pela demanda mais fraca na China, com o recuo na produção de aço. 
 

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (18) em queda de 0,19%, em meio a uma sessão de volatilidade na B3. De acordo com especialistas, ele tem vivido um “cabo de guerra”, com os bons resultados no mercado externo e as incertezas econômicas nacionais.

Ainda no radar, as alternativas de programas sociais a 13 dias do fim do auxílio emergencial. Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro declarou que há a possibilidade do benefício ser renovado, sem expor detalhes.

Nesta manhã de terça-feira (19) atenção dos investidores está para os discursos de diversos integrantes de bancos centrais do mundo, além da inflação que segue preocupando os mercados e a divulgação de dados trimestrais de empresas norte-americanas.

As bolsas mundiais operam em ritmo positivo nesta manhã. Nos Estados Unidos, o índice S&P avançou 0,34% na véspera, e o Nasdaq subiu 0,84%, configurando o quarto dia consecutivo de ganhos para ambos, com destaque para as ações de empresas de tecnologia.

Por outro lado, o Dow Jones perdeu 36 pontos, devido a um recuo de 3% nos papéis da Disney.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, registra alta, com o setor de recursos básicos liderando os ganhos.

Também em temporada de resultados, entre as companhias que divulgaram seus números estão Kering Vinci, Danone, BHP e Deutsche Boerse.

Já na Ásia, as bolsas fecham em alta, com os papéis das empresas de tecnologia se destacando, após avanço do setor nos EUA. Segundo a Infomoney, os papéis da Alibaba, em Hong Kong, subiram 1,3%.

Em relação às commodities, os preços do barril de petróleo avançam, assim como do minério negociado em Dalian.

O bitcoin começa a sessão negociado a menos de US$ 2 mil da máxima histórica de aproximadamente US$ 65 mil, após alcançar a marca de US$ 62.980. Por volta das 7h01, a cripto moeda estava cotada a US$ 61.158.
 
Confira os principais índices:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+1,55%]
S&P/A SX 200 [+0,68%]
Hang Seng [+2,17%]
Shanghai [+0,70%]
 
EUROPA
DAX [+0,10%]
FTSE 100 [+0,31%]
CAC 40 [-0,20%]
SMI [-0,18%]
 
ÍNDICES FUTURO EUA
S&P 500 VIX [-0,64%]
US 2000 [+0,58%]
US Tech 100 [+0,83%]
US 500 [+0,86%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,21%] US 1.769,35
Prata [+1,94%] US$ 23,715
Cobre [-0,85%] US$ 4,6855
Petróleo WTI [+0,97%] US$ 82,48
Petróleo Brent [+0,95%] US$ 85,13
Minério de ferro futuro [+0,17%] US$ 123,40

CRIPTOMOEDAS

Bitcoin [+4,58%] US$ 64.242