Ibovespa despenca 1,17% após quedas da Magalu e Natura

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira encerrou em queda de 1,17% no pregão desta sexta-feira (12), reduzindo os ganhos de 1,54% alcançados na sessão anterior. O mercado repercutiu os resultados da Magazine Luiza e Natura, os quais decepcionaram os investidores, as ações de ambas as companhias lideraram as perdas do Ibovespa durante toda a sessão. Concorrente da Magalu, as Lojas Americanas foram o destaque positivo do pregão, após divulgação de seu balanço consistente.

A Magazine Luiza apontou retração de 89,5% em seu lucro líquido durante o terceiro trimestre deste ano, o montante chegou a R$ 22,6 milhões ante aos R$ 215,9 milhões registrados no mesmo período do ano passado. As ações da Magalu lideraram as perdas do Ibovespa e despencaram 17,73% no encerramento da sessão.

O outro destaque negativo do dia foi a Natura, a empresa de cosméticos reportou lucro líquido de de R$ 235 milhões no segundo trimestre, revertendo os prejuízos do ano anterior. O Ebitda da companhia sofreu queda de 47,1% no ano a ano. O Bradesco BBI destacou os números como fracos, com destaque negativo para Ebitda, que ficou 18% abaixo das estimativas.

Segundo o banco, a retração do Ebitda foi impulsionada principalmente por despesas gerais e administrativas mais altas, devido à desalavancagem operacional das vendas mais fracas da Natura Brasil e dos negócios da Avon International. Os papéis da Natura estiveram logo atrás da Magazine Luiza, com uma queda de 16,62%.

Liderando as altas do Ibovespa na sessão, as ações das Lojas Americanas se aproveitaram da repercussão de seu balanço financeiro. A companhia registrou uma alta de 568,3% em seus lucros no terceiro trimestre, ante ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 240,6 milhões. Os papéis da Americanas registraram ganhos de 5,66% e 5,45% nos ativos AMER3 e LAME4, respectivamente.

O volume de serviços no Brasil recuou 0,6% em setembro na comparação com agosto, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador interrompeu uma sequência de ganhos registrada nos últimos cinco meses, período em que acumulou variação positiva de 6,2%.

Nos Estados Unidos, os investidores seguem acompanhando de perto os indicadores de inflação, já que a alta de preços pode indicar próximos passos para o Banco Central do país (Fed) em relação à retirada de estímulos e reajuste da taxa de juros.

Na Europa, a produção industrial do continente teve queda de 0,2% em setembro, na comparação com agosto, baixa foi menor que o esperado pelos economistas. Contudo, a inflação continua preocupando o mercado no Velho Continente.

Ibovespa
O índice recuou 1,17% na sessão, aos 106.487 mil pontos. O volume negociado foi de R$ 31,5 bilhões

Dólar
A moeda norte-americana avançou 0,97% a R$ 5,456 na compra e R$ 5,457 na venda.

Índice pela tarde

Às 16h30 (horário de Brasília), o índice sofria perdas de 1,24% aos 106.259 pontos. O dólar subia 1,01% a R$ 5,46.

Às 14h23 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa registrava baixa de 1,18% aos 106.311 pontos. O dólar avançava 1,14% a R$ 5,47.

Índice ao meio-dia

Às 11h51 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 1,41% aos 106.083 pontos. O dólar subia 0,39% a R$ 5,43.

No início desta tarde, o Ibovespa operava em queda. Entre as maiores recuos da sessão estavam a Natura ON (-15,54%) e a Magazine Luiza ON (-13,70%). Por outro lado, Americanas ON (10,27%) e Lojas Americanas PN (9,94%) disparavam na Bolsa, conforme o Valor Investe.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h28 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 0,21% aos 107.367 pontos. O dólar avançava 0,11% a R$ 5,40.

Por volta das 10h43, o Ibovespa operava em queda de 0,25% aos 107.326 pontos. O dólar tinha queda de 0,04% a R$ 5,40.

Nesta manhã, o Ibovespa operava em queda diante dos dados de serviços. O setor de serviços registrou queda de 0,6% de agosto para setembro, conforme os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – veja mais aqui.

No noticiário corporativo, os balanços trimestrais seguem no radar. A Cogna registrou um prejuízo líquido de R$ 121,8 milhões entre julho e setembro de 2021. Por outro lado, a Renner apresentou um lucro de R$ 172 milhões no período (veja mais aqui).

No exterior, a produção industrial na Europa recuou 0,2% em setembro, na comparação com o mês anterior, segundo a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat. Os dados incluem os 19 países que usam o euro. Na comparação anual, o indicador registrou aumento de 5,2% (veja aqui).

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (11) com alta de 1,54%, após saltar mais de 2% durante o dia. O índice aproveitou a repercussão da prorrogação, por mais de dois anos, da desoneração da folha de pagamento de companhias. Devido a divulgação de seu balanço, a Via Varejo liderou as perdas da B3 e do principal benchmark da bolsa.

Na sessão desta sexta-feira (12), as bolsas internacionais operam entre leves altas e estabilidade, à medida que investidores repercutem a temporada de resultados. Por aqui, os balanços também estão no radar do mercado, além de indicadores econômicos que também serão expostos.

Nos Estados Unidos, os futuros norte-americanos operam com leves altas, sinalizando fechar a semana com números positivos, em meio a dados, divulgados na véspera, que sinalizaram uma inflação mais acelerada.

As bolsas europeias ficam estáveis nesta manhã de sexta-feira, ainda sem direção com a repercussão de indicadores econômicos e balanços trimestrais. O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, permanece estável.

Uma pesquisa realizada entre economistas, divulgada na quinta-feira pela Reuters, apontou que existem riscos da inflação na zona do euro superar a meta do banco central para o próximo ano. A inflação foi maior que 4% na região, em outubro, mas o Banco Central Europeu (BCE) não pretende implementar um aperto monetário.

Além disso, a produção industrial da zona do euro de setembro caiu 0,2% em relação ao mês anterior, frente a estimativa de um recuo de 0,5%.

As bolsas asiáticas variaram entre si nesta sexta-feira. Segundo o InfoMoney, as ações da Toyota Motor avançaram 2,4%, após a empresa projetar que haverá um crescimento em sua produção global na comparação anual.

Em contrapartida, os papéis da Semiconductor Manufacturing International Corporation, chinesa fabricante de chips, caíram 4,47%, após a empresa anunciar que diversos membros e um alto executivo deixaram os cargos.

Confira os principais índices às 7h31:

IFIX [-0,20%]

ÁSIA
Nikkei 225 [+1,13%]
S&P/A SX 200 [+0,83%]
Hang Seng [+0,32%]
Shanghai [+0,18%]

EUROPA
DAX [+0,14%]
FTSE 100 [-0,46%]
CAC 40 [+0,22%]
SMI [+0,37%]

ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-0,74%]
US 2000 [+0,09%]
US Tech 100 [+0,16%]
US 500 [+0,07%]

COMMODITIES
Ouro [-0,77%] US$ 1.849,60
Prata [-1,36%] US$ 24,957
Cobre [-0,41%] US$ 4,3822
Petróleo WTI [-1,61%] US$ 80,28
Petróleo Brent [-1,32%] US$ 81,77
Minério de ferro futuro [+1,56%] US$ 1,56%