Ibovespa despenca 1,4% puxado por Bradesco e Petrobras; dólar cai a R$ 5,18

Em meio a temporada de balanços, o índice seguiu o desempenho das bolsas americanas

O Ibovespa encerrou em queda nesta quarta-feira (4), pressionado por ações do Bradesco (BBDC4) e da Petrobras (PETR3), que recuaram mais de 3%. Além disso, o índice seguiu o desempenho das bolsas americanas em meio a uma forte quebra de crescimento do mercado de trabalho dos Estados Unidos em julho.

Os papéis do Bradesco caíram 4,36%, frente aos resultados do segundo trimestre divulgados hoje. Apesar de ter obtido lucro recorrente de mais de 60% no período (R$ 6,32 bilhões), os analistas ficaram decepcionados com a área de seguros do banco, impactada pela segunda onda de Covid-19. Em comparação ao 1T21, as operações de seguros, previdência e capitalização marcaram baixa de 49,8% e de 58,3% ante o mesmo período de 2020, atingindo R$ 1,57 bilhão.

Já a Petrobras sofreu com o terceiro dia de queda seguido para os preços do petróleo no exterior. As ações da petrolífera desvalorizaram-se 3,61% diante de um aumento inesperado nos estoques da commodity dos EUA, do relatório negativo da economia norte-americana e também dos temores de que a proliferação da variante Delta do coronavírus pese na demanda mundial por energia.

Os balanços da estatal serão revelados após o fim do pregão, com expectativa de números expressivos. De acordo com a estimativa média dos analistas da Refinitiv, é esperado lucro de US$ 0,82 por ação, frente prejuízo de US$ 0,39 no ano passado. 

Ainda no radar, serão publicados ao fim do dia os dados de empresas como Braskem e Banco do Brasil. 

Indo ao exterior, o setor privado nos Estados Unidos criou 330 mil vagas em julho, segundo o Relatório de Emprego ADP. A quantidade veio bem abaixo do aguardado e frustrou economistas, que aguardavam a geração de 695 mil novos empregos segundo dados compilados pela Refinitiv.

Após a quebra de expectativa, os principais índices acionários americanos fecharam no negativo. O Dow Jones caiu 0,92%, a 34.793,06 pontos, o S&P 500 perdeu 0,46%, a 4.402,69 pontos. Já o Nasdaq subiu 0,18%, a 14.780,53 pontos.

Voltando ao cenário interno, será revelada hoje à noite a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Grande parte do mercado projeta avanço de 1%, para 5,25% ao ano.

Bolsa

O Ibovespa despencou 1,44%, a 121.803 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 29,647 bilhões.

Dólar

O dólar comercial fechou em queda de 0,13% a R$ 5,185 na compra e a R$ 5,186 na venda.  

Índice pela tarde

Às 16h45 (horário de Brasília), o índice caia 1,28%, a 121.997 pontos. O dólar comercial virava para queda de 0,15% a R$ 5,18.

Às 14h00 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa registrava recuo de 1,68%, a 121.505 pontos. O dólar comercial avançava 0,53% a R$ 5,22.

Ibovespa pela manhã

Às 10h10 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,69%, a 122.722 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,04% a R$ 5,19.

Nesta quarta-feira (4), o Ibovespa opera em queda, puxado pelas ações do Bradesco que após a divulgação do resultado na véspera apresentaram recuo. O banco registrou no segundo trimestre de 2021 o lucro de R$ 6,32 bilhões.

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou em alta na terça-feira (3), se recuperando das perdas sofridas durante a sessão. A elevação foi reflexo do avanço de 3,41% nos papéis da Vale (VALE3) e de 1,7% nos da Petrobras (PETR3;PETR4).

Na sessão desta quarta-feira (4) as atenções estão voltadas para as falas do ministro Paulo Guedes em relação ao pagamento de precatórios e o reajuste do Bolsa Família (veja mais aqui).

Ainda no radar, a reunião do Copom, do Banco Central, que deve resultar na elevação de 1 ponto percentual da Selic, a 5,25% ao ano.

Os índices futuros dos Estados Unidos operam próximos a estabilidade nesta manhã. A medida que investidores seguem acompanhando a divulgação de resultados. Na véspera, os ganhos nas negociações ocorreram após uma manhã fraca.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, sobe 0,5%. Com os setores de lazer e viagem liderando os ganhos.

Os resultados divulgados, na terça-feira, por empresas do setor automobilístico indicaram que a escassez de semicondutores segue prejudicando as vendas. A Stellantis e a BMW alertaram que as vendas e as produções devem ser afetadas até depois de 2021.

Ainda no radar, foi exposto o índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto Markit referente a julho na zona do euro, que marcou 60,2 pontos, abaixo da expectativa de 60,6 pontos. No Reino Unido, o PMI composto referente a julho chegou a 59,2 pontos, acima dos 57,7 pontos esperados.

Na sessão, o PMI Caixin/Markit do setor de serviços da China, relativo ao mesmo mês, também foi apresentado, e alcançou os 54,0 pontos.

Na China continental, o Shanghai composto encerrou o pregão com alta de 0,85%. Já em Hong Kong, com o avanço de ações da Tcent, o Hang Seng subiu 0,88%.
 
Confira os principais índices às 7h25:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-0,21%]
S&P/A SX 200 [+0,38%]
Hang Seng [+0,88%]
Shanghai [+0,85%]
 
EUROPA
DAX [+0,82%]
FTSE 100 [+0,40%]
CAC 40 [+0,53%]
SMI [+0,34%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [-0,09]
US 500 [-0,07%]
US Tech 100 [+0,06%]
S&P 500 VIX [+1,35%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,15%] US$ 1.816,90
Prata [+0,69%] US$ 25,758
Cobre [-0,35%] US$ 4,3705
Petróleo WTI [-0,62%] US$ 70,12
Petróleo Brent [-0,37%] US$ 72,14