Ibovespa despenca 3% e registra maior queda de março; dólar avança mais de 2%

O Ibovespa encerrou em forte queda nesta sexta-feira (30), pressionado por temores com gastos excedentes a regra do teto de gastos do governo para financiar o novo Bolsa Família. Além disso, o índice foi impactado pelo desempenho das ações da Vale, que caíram 5,89% durante o dia devido às previsões de baixa nos preços do minério.

Com perda de 3,08%, o benchmark brasileiro registrou sua maior queda diária desde 8 de março, quando desabou 3,98%.

No noticiário político, duas fontes revelaram ao Estadão/Broadcast que membros do governo já analisam um forma de bancar o novo programa social com recursos fora do teto de gastos.

Em entrevista a uma rádio, o presidente Jair Bolsonaro confirmou a possibilidade de uma eventual manutenção do auxílio emergencial bem como aumento do Bolsa Família, o que não agradou o mercado. 

“Essa questão do auxílio emergencial, do Bolsa Família, temos que pensar nisso e gastar dinheiro nisso ou se endividar, que é a palavra mais correta, para atender aos mais necessitados até que a economia volte à sua normalidade”, disse.

O presidente também admitiu não ter provas para atestar fraude eleitoral no Brasil, entretanto devolveu a acusação e pediu que apresentassem provas de que ele não é fraudável. 

Entre os indicadores, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua informou que a taxa de desemprego permaneceu em 14,6% no trimestre móvel referente a março e maio.

Nos EUA, a atenção continua voltada a temporada de balanços, mas dados da inflação se destacaram nesta sexta. O Núcleo do PCE avançou 0,4% em junho no país, inferior a média de 0,6% projetada por economistas. O indicador cresceu 3,5% O Núcleo do PCE cresceu a 0,4% em junho nos EUA, abaixo da média das projeções dos economistas, que apontava para avanço de 0,6%. Na base anual o indicador na base anual.

Bolsa

O Ibovespa teve queda de 3,08%, a 121.800 pontos com volume financeiro negociado de R$ 35,248 bilhões. 

Dólar

O dólar comercial avançou 2,57% a R$ 5,209 na compra e a R$ 5,21 na venda.

Ibovespa pela tarde 

Às 15h14 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa despencava 2,71%, a 122.274 pontos. O dólar comercial disparava 2,25%, a R$ 5,19.

Índice ao meio-dia

Às 12h14 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 1,62%, a 123.634 pontos. O dólar comercial operava em alta de 1,79% a R$ 5,17.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h10 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 1,15%, a 124.236 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,64% a R$ 5,11.

Nesta sexta-feira (30), o Ibovespa opera em queda, enquanto na Ásia o mercado é pressionado pelas regulações da China nos setores de educação, tecnologia e imóveis. Nos Estados Unidos, o índice PCE, usado para medir a inflação do país, foi divulgado, apontando crescimendo de 0,4% em junho.

No Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) mostrou que a taxa de desemprego se manteve em 14,6% no trimestre móvel entre março e maio.

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou em queda nesta quinta-feira (29), puxado pelo desânimo na B3 com os balanços apresentados ontem, a exemplo dos da Ambev (ABEV3) e Vale (VALE3), com ações recuando 1,15% e 1,5%, respectivamente. Com isso, o índice se afastou do dia positivo em Wall Street, onde investidores ainda repercutem a decisão do Federal Reserve sobre a política monetária acomodatícia. 

Por aqui no Brasil, a atenção dos investidores está direcionada para a taxa de desemprego nos três meses até maio, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ficou em 14,6%.

Na véspera, foi divulgado o PIB dos Estados Unidos, que indicou crescimento anual de 6,5% no PIB no segundo trimestre em termos anualizados.

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em queda nesta sexta (30), diante da divulgação dos resultados da Amazon, após o fechamento do mercado na quinta, que foram relativamente fracos. Os papéis da companhia chegaram a perder 7,4% no after-market, após a publicação do seu balanço. 

Além disso, as bolsas estadunidenses continuam sendo pressionadas por papéis de companhias chinesas, dos setores de tecnologia e educação, que vem registrando perdas por conta de temores regulatórios no país asiático.

Na Europa, as principais bolsas operam em queda. O índice Stoxx 600 perdem 0,7% nesta sexta, com destaque negativo para papéis do setor de mineração. 

As bolsas asiáticas voltam a repercutir a queda diante da repressão chinesa ao setor de educação. Papéis listados tanto em Hong Kong quanto na China continental recuaram. O minério de ferro tem forte queda com a China reformulando seu setor de siderurgia, com objetivo de diminuir a poluição.

Além disso, segundo o InfoMoney, a agência Reuters informou que a produção industrial do Japão subiu 6,2% em junho, frente a queda de 6,5% em maio.
 
Confira os principais índices às 7h26:

ÁSIA
Nikkei 225 [-1,16%]
S&P/A SX 200 [-0,35%]
Hang Seng [-1,42%]
Shanghai [-0,42%]
 
EUROPA
DAX [-0,75%]
FTSE 100 [-0,77%]
CAC 40 [-0,11%]
SMI [+0,18%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [-0,25%]
S&P 500 – [0,59%]
Nasdaq [-1,03%]
Russell 2000 [-0,38%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,29%] US$ 1.825,80
Prata [-0,89%] US$ 25,54
Cobre [-0,17%] US$ 4,51
Petróleo WTI [-0,14%] US$ 73,50
Petróleo Brent [-0,13%] US$ 75,00