Ibovespa despenca mais de 1,7% com crise hídrica no radar

O dólar comercial subiu 0,87% a R$ 5,25

O Ibovespa encerrou em forte queda nesta quinta-feira (26), puxado pela preocupação com a crise hídrica no Brasil e como ela afetará a inflação. O índice não de distanciou do exterior, com baixas tanto paras as bolsas americanas quanto para as asiáticas.   

No cenário interno, o Caged, responsável pelos números do mercado de trabalho, revelou a geração de 316.580 vagas de trabalho formal em julho, acima dos 250 mil postos projetados por economistas consultados pela Refinitiv. 

No exterior, a atenção de investidores americanos continua voltada ao simpósio que acontece em Jackson Hole nesta sexta-feira (27) e conta com a fala do presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell. 

Além disso, a estimativa do PIB divulgada pelo escritório de estatísticas do BEA (Bureau of Economic Analysis), do Departamento de Comércio dos EUA, cresceu à taxa anualizada de 6,6% no 2º trimestre ante os três meses anteriores. 

Já na Ásia, as bolsas tiveram em sua maioria quedas devido à baixa de ações de tecnologia.

Bolsa

O Ibovespa caiu 1,73%, a 118.723 pontos com volume financeiro negociado de R$ 26,723 bilhões.

Dólar

O dólar comercial subiu 0,87% a R$ 5,256 na compra e a R$ 5,257 na venda.

Ibovespa pela tarde

Às 16h56 (horário de Brasília), o índice continuava em forte queda de 1,63% , a 118.851 pontos. O dólar comercial registrava alta 0,87% R$ 5,25. 

Às 14h31 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa despencava 1,09% , a 119.498 pontos. O dólar comercial avançava 0,83% a R$ 5,25. 

Ibovespa pela manhã

Às 10h20 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,54%, a 120.160 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,53% a R$ 5,23. 

Nesta quinta-feira (26), o Ibovespa opera em queda na abertura diante do cenário cauteloso do mercado internacional. No Brasil, a crise hídrica preocupa investidores.

Nesta quarta-feira (25), durante o lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, na Câmara dos Deputados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, questionou: “qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”. Segundo ele, o país conseguiu se organizar diante da pandemia do coronavírus e que devido a isso não haveria motivo para “ter medo” (veja mais aqui).

O aumento do preço da energia elétrica é um fator que tem preocupado os brasileiros. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta semana, o mês de agosto teve uma alta de 0,89%, puxada pelo grupo de Habitação (1,97%), a 0,31 p.p., com influência do aumento da energia, que subiu de 4,79% em julho para 5% em agosto (veja mais aqui).

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou em alta na quarta-feira (25), em meio a tensões do noticiário político e econômico do país. O índice foi puxado pelas novas máximas alcançadas em Wall Street através do desempenho de ações bancárias e de empresas.

Ainda no radar, na sessão desta quinta-feira (26) serão divulgados dados de empregos pelo Caged durante a manhã. Já à tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participará da Expert XP.

No exterior a sessão também será marcada por indicadores econômicos, com a divulgação do PIB e os novos pedidos de auxílio desemprego dos Estados Unidos. Além disso, investidores aguardam a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira (27).

É esperado que a autoridade explique como será feita a retirada dos estímulos monetários.

Na véspera, o índice S&P avançou 0,22%, ultrapassando a marca dos 4.500 pontos pela primeira vez, contudo, fechou abaixo deste patamar.

O rendimento dos títulos do Tesouro com vencimento em 10 anos avançou 1,352%, sendo esse o maior nível desde o início de agosto.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, caiu 0,3%. Os setores de viagem lideraram as perdas.

O economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, declarou na quarta-feira que o impacto econômico da variante Delta deve ser limitado na região, que continua avançando em sua recuperação.

O índice de confiança do consumidor GfK, da Alemanha, relativo a setembro, recuou 1,2 pontos, abaixo do valor revisado de -0,4 ponto. Já na França, o índice composto de confiança em negócio ficou em 110 pontos, ante os 113 de julho.

As bolsas asiáticas apresentaram quedas nesta quinta-feira. Segundo o Infomoney, as ações de tecnologia recuaram após uma forte recuperação, em meio ao aumento dos receios do mercado quanto às pressões do governo chinês.

Ainda no radar, o Banco da Coreia aumentou em 0,25% a taxa de juros referenciais, indo para 0,75% pela primeira vez.
 
Confira os principais índices às 7h24:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+0,06%]
S&P/A SX 200 [-0,54%]
Hang Seng [-1,08%]
Shanghai [-1,09%]
 
EUROPA
DAX [-0,70%]
FTSE 100 [-0,46%]
CAC 40 [-0,45%]
SMI [+0,16%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 500 [-0,08%]
US Tehc 100 [-0,20%]
US 2000 [-0,24%]
S&P 500 VIX [+2,59%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,16%] US$ 1.788,15
Prata [-0,39%] US$ 23,683
Cobre [-0,49%] US$ 4,2467
Petróleo WTI [-0,89%] US$ 67,77
Petróleo Brent [-0,73%] US$ 70,75
 

 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile