O principal índice da Bolsa de Valores encerrou o pregão desta terça-feira (5) em alta de 0,06%, impulsionado pelo mercado externo, o Ibovespa chegou a ter um crescimento superior aos 1% durante o dia, mas acabou se descolando do cenário internacional.
As ações da Petrobras foram destaque e encerraram com uma valorização de 2,19%. Após decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) de manter a produção de barris do commoditie em 400 mil, os preços do petroléo dispararam. Além disso, a sua agenda de desinvestimentos está marcada para esta semana.
A elevação da taxa de juros e as incertezas fiscais vem preocupando os economistas. Segundo eles, o crescimento da Selic pode prejudicar os ganhos da bolsa de valores, os juros mais altos aumentam o custo do capital das empresas e, consequentemente, afetam o preço das ações. Com isso, o mercado pode migrar para a renda fixa, que, de acordo com a Nexgen Capital, já pode render dois digítos a longo prazo.
No Congresso dos Estados Unidos dos parlamentares continuam a discutir a possibilidade de elevação ou suspensão do limite de endividamento dos Estados Unidos. A secretária de Tesouro Janet Yellen voltou a dizer hoje que caso o teto de gastos não seja ampliado, a economia americana poderá cair em recessão.
A balança comercial norte-americana registrou um déficit de US$ 73,3 bilhões em agosto, o que representa um avanço de 4,2% em relação a julho, de acordo com dados divulgados nesta terça pelo Departamento do Comércio do país. O resultado ficou pior que o esperado pelos analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, que projetavam um saldo negativo de US$ 70,7 bilhões.
As ações de tecnologia voltarão a subir após desabarem na segunda-feira (4). O Facebook pediu desculpas publicamente após ficar fora do ar por mais de seis horas, prejudicando negócios no mundo todo. A empresa informou que houve um erro de configuração interna.
Na Europa, o preço do gás natural bate recorde com a oferta restrita, enquanto os preços do petróleo não param de subir. Ainda que a preocupação com a inflação global continue no radar, as bolsas europeias também aproveitam o momento de alívio nos mercados e fecharam em forte alta.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o dia com leve alta de 0,06% aos 110.397 pontos. O volume de negócios ficou em R$ 29,376 bilhões.
Dólar
O dólar comercial subiu 0,71% e teve a maior cotação de fechamento desde abril: R$ 5,484 na compra e R$ 5,485 na venda.
Índice pela tarde
Às 16h51 (horário de Brasília), índice registrava alta de 0,088% aos 110.490, pontos. O dólar comercial valorizava-se 0,71% a R$ 5,48.
Às 14h40 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa avançava 0,70% aos 111.168, pontos. O dólar comercial subia 0,48% a R$ 5,47.
Índice ao meio-dia
Às 11h37 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,27% aos 110.696 pontos. O dólar comercial tinha alta de 0,44% a R$ 5,47.
Após recentes dados da indústria divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (5), investidores temem o risco de estagflação. Entretanto, segundo economistas ouvidos pela Exame, no momento, esse fator é apenas um risco. Os especialistas explicam que o cenário atual não chega perto dos anos de 1970, quando tiveram a última crise oficial de estagflação globalmente.
“Os sinais correntes ainda são de recuperação, mas só porque o tombo de 2020 foi muito grande. Todas as projeções já estão caminhando para baixo”, declarou o economista André Biancarelli, diretor do Instituto de Economia da Unicamp.
Como foi a abertura do Ibovespa?
Às 10h20 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,23% aos 110.650 pontos. O dólar comercial sobe a 0,23% a R$ 5,45.
Nesta terça-feira (5), o Ibovespa abre em alta, enquanto no exterior as bolsas caminham para uma recuperação, após o temor relacionado ao desempenho da inflação diante do impulso do petróleo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã que a produção industrial nacional registrou uma queda de 0,7% em agosto, ante o resultado de julho. Conforme a pesquisa, o recuo é o terceiro seguido, acumulando uma perda de 2,3% (veja mais aqui).
Pré abertura da Bolsa
Revertendo o avanço da sexta-feira (1º), o Ibovespa fechou em queda de 2,22%, indo para 110 mil pontos. O resultado negativo vem em meio a receios do mercado quanto à inflação global e uma possível quebra da Evergrande.
No radar econômico nacional, o destaque é para a produção industrial de agosto que será divulgada nesta terça-feira (5) e sinaliza como anda as restrições de oferta do setor.
Nesta manhã, os índices futuros norte-americanos registram leves altas após a venda generalizada da véspera. O setor de tecnologia sentiu fortes perdas, à medida que investidores optaram por se desfazer de papéis com forte perspectiva de crescimento, em meio ao avanço do rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano, que chegaram a 1,48%.
Ainda na véspera, as ações do Facebook registraram perdas de 4,9%, após a paralisação global do seu funcionamento e das redes que te pertencem.
No Congresso estadunidense, os parlamentares seguem nas discussões sobre a possível elevação ou suspensão do limite de endividamento do país.
Já na zona do euro, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, sobe 0,3%. Os papéis de construções e matérias recuaram 0,4%, enquanto os bancos registraram ganhos de 1%.
A França viu sua produção industrial crescer 1% em agosto, em relação ao mês anterior, superando a previsão de avanço de 0,3% de analistas ouvidos pela Reuters.
Na véspera, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) optaram por manter o acordo para elevar a produção da commodity inalterado, o que impulsionou os preços do petróleo, que chegou a patamares recordes (leia aqui).
Na Ásia, a China continental permaneceu com suas bolsas fechadas devido ao feriado.
As empresas do setor imobiliário apresentaram quedas em Hong Kong, após a Fantasia Holdings não honrar o pagamento de um bônus dólar. Segundo o InfoMoney, as negociações com as ações da incorporadora Evergrande seguem suspensas.
Confira os principais índices:
ÁSIA
Nikkei 225 [-2,19%]
S&P/A SX 200 [-0,41%]
Hang Seng [+0,28%]
EUROPA
DAX [+0,69%]
FTSE 100 [+0,81%]
CAC 40 [+1,31%]
SMI [+0,14%]
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-4,77%]
US 30 [+1,30%]
US Tech 100 [+1,40%]
US 2000 [+0,49%]
COMMODITIES
Ouro [-0,38%] US$ 1.760,85
Prata [-0,02%] US$ 22,640
Cobre [-1,34%] US$4,1815
Petróleo WTI [+1,89%] US$ 79,09
Petróleo Brent [-0,07%] US$ 82,65
Minério de ferro futuro [+1,73%] US$ 117,76