
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (14) com alta de 2,64%, aos 128.957,09 pontos. O dólar comercial caiu 1,00%, a R$ 5,74. A semana foi a melhor do ano para o índice, que acumulou alta de 3,14%, enquanto a moeda estrangeira acumulou perdas de 0,76%.
A disparada do Ibovespa se explica pelo ânimo com a economia chinesa, com medidas de impulso em reação às tarifas de Donald Trump. Enquanto isso, o Brasil teve novos dados de vendas no varejo e das contas públicas. O índice pôde contar com ajuda das ações de commodities e dos bancos.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com queda de de 0,11%, a US$103,72.
No exterior, foi divulgado pelo regulador financeiro da China uma orientação para que os bancos e outras instituições financeiras incentivem o financiamento de consumo e o uso de cartões de crédito. A medida integra uma campanha para encorajar a população da segunda maior economia do mundo a gastar mais.
Já no Brasil, depois que os dados mostraram um recuo nos serviços em fevereiro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio nesta sexta-feira (14). Em janeiro de 2025, o comércio varejista brasileiro registrou uma variação de -0,1% no volume de vendas.
O desempenho mostra estabilidade, com o setor ficando apenas 0,6% abaixo do seu pico histórico, alcançado em outubro de 2024. Em termos comparativos com janeiro do ano anterior, as vendas cresceram 3,1%, sendo a vigésima taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.
Além disso, foram divulgados também novos números das contas públicas. O setor público consolidado teve um superávit nominal de R$ 63,737 bilhões em janeiro, após um déficit de R$ 80,372 bilhões em dezembro, informou o BC (Banco Central).
O setor também teve um superávit nominal de R$ 46,692 bilhões em janeiro de 2024. Historicamente, o primeiro mês do ano tende a apresentar resultados positivos nas contas públicas.
O Ibovespa também pôde contar com o forte desempenho da Petrobras (PETR3;PETR4), que seguiram o movimento dos preços internacionais do petróleo. A Vale (VALE3) e os bancos também avançaram expressivamente.
No radar corporativo, os últimos resultados trimestrais das empresas da B3 seguiram fazendo preço sobre os papéis, com a Magalu (MGLU3) tendo a performance mais animadora, após a companhia reportar um lucro líquido de R$ 294,8 milhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 38,9% em relação ao mesmo período de 2023.
Na linha negativa do Ibovespa, a Azzas 2154 (AZZA3) esteve entre as maiores perdas após a notícias de que seus gestores estão pensando em dividir o negócio, resultado de uma fusão há menos de 8 meses.
A Automob (AMOB3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 16,67%. Logo atrás,Magalu (MGLU3) e CSN (CSNA3) registraram altas de 13,48% e 11,82%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Natura (NTCO3) liderou as perdas, caindo 29,94%. Em seguida, vieram Azzas 2154 (AZZA3) e LWSA (LWSA3), com perdas de 10,42% e 4,33%.
Altas e Baixas do Ibovespa: varejistas também valorizam forte
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) subiram 4,44% e 3,08%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 7,75%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 3,28%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 2,61%. Usiminas (USIM5) valorizou 4,07%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com altas de 3,25% e 1,42%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 3,95% e 3,55%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 13,48%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 7,86%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 15,76%.
Índices do exterior fecharam em alta
Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta sexta-feira (14). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 1,86%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 1,13%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1,11%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq subiram 2,13% e 2,61%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 1,66%.