Ibovespa e dólar recuperam fôlego em início de “super quarta” protagonizada por Copom e FED;

Divulgação do IGP-10 e reunião do BCE já inflamam mercados em dia agitado

O Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira (15). Por volta das 10h07 (de Brasília), o índice avançava 1,05% a 103.136 mil pontos, movido pela reunião de emergência do BCE (Banco Central Europeu) e pelos dados de inflação no Brasil. Enquanto isso, o dólar registra novas altas no início do pregão, aguardando a decisão do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano).

A decisão de política monetária do banco dos EUA e a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Brasil permanecem no radar do Ibovespa nesta “super quarta”.

Contudo, enquanto os anúncios não acontecem, a reunião emergencial convocada pelo BCE nesta manhã chama atenção.

A fim de combater a alta de empréstimos de alguns países endividados da zona do euro, como Itália e Grécia, a instituição europeia anunciou a criação de uma ferramenta que irá redirecionar as dívidas de tais países.

Agora, os mercados mundiais aguardam a decisão sobre os juros norte-americanos. Para a maior parte do mercado, as projeções são de que as autoridades monetárias decidam pela elevação dos juros em 0,75 ponto percentual nos EUA

Apesar disso, o dólar opera em alta na manhã desta quarta (15). Às 10h14 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava valorização de 0,12%, vendida a R$ 5,122. 

Enquanto isso, no Brasil, os acionistas aguardam a decisão do Copom sobre uma possível nova alta da Selic, taxa básica de juros do País.

O mercado espera que a taxa tenha alta de 50 pontos-base, saindo de 12,75% para 13,25%.

Como um novo indicador para a decisão da autoridade monetária, foi divulgado na manhã desta quarta (15) o IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10), importante dado para a inflação brasileira.

O índice registrou o aumento de 0,74% no mês de junho em relação a maio, e também confirmou a alta acumulada de 8,53% na inflação do País só em 2022 e de 10,40% nos últimos 12 meses. 

Já na Europa, a reunião emergencial do BCE permanece no radar dos acionistas, que consideram muito provável um novo aumento na taxa básica de juros da região.

Apesar da ferramenta criada para a instituição a fim de iniciar um processo recuperativo, os dados desanimadores divulgados mais cedo ainda regulam o temor dos acionistas.

A balança comercial da zona do euro teve um déficit recorde para um mês de abril, enquanto a produção industrial cresceu 0,4% em maio ante ao quarto mês do ano. A expectativa era de crescimento de 0,5%.

– DAX (Alemanha), +1,50%
– FTSE 100 (Reino Unido), +1,42%
– CAC 40 (França), +1,25%
– FTSE MIB (Itália), +2,98%

Na Ásia, as bolsas mais uma vez não fecharam na mesma direção. Contudo, a expectativa geral do continente está voltada para o possível aperto monetário mais agressivo do FED.

Os dados animadores ficaram por conta da China, que confirmou o crescimento de 0,7% na produção industrial de maio em relação ao mesmo período do ano passado.

As vendas no varejo tiveram queda de 6,7% na comparação com o mesmo período, entretanto, ambos os resultados foram positivos para o mercado, que aguardava baixa de 1,0% na indústria e recuo de 6,9% no varejo.

Em contrapartida, na Coreia do Sul, a bolsa de Seul confirmou uma nova mínima desde dezembro de 2020, marcando a sétima queda consecutiva do índice.

– Nikkei (Japão), -1,14%
– Kospi (Coreia do Sul), -1,83%
– Hang Seng Index (Hong Kong), +1,14%
– Shanghai SE (China), +0,50%

De volta ao mercado corporativo brasileiro, o Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou a venda de seis carteiras de ações no montante de R$ 3,6 bilhões em dívidas vencidas e não pagas.

Enquanto isso, ainda no radar do Ibovespa, a Petrobras (PETR4) firmou um contrato de estudos para trabalhar com produção, compra e venda de biometano juntamente com a Raízen (RAIZ4).

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