Balanço de maio

Ibovespa em maio: ações disparam até 38% e Azul é de queda

Confira os destaques do Ibovespa em maio: papéis com alta explosiva e a queda surpreendente da Azul. Veja quem brilhou e quem afundou

Ibovespa em maio: ações disparam até 38% e Azul é de queda
Ibovespa / Foto: CanvaPro

O mês de maio foi tudo, menos morno, para os investidores que acompanham o Ibovespa. O principal índice da bolsa brasileira não apenas renovou recordes, como também apresentou um verdadeiro desfile de ações em forte alta e algumas quedas dramáticas que abalaram o mercado.

Em um cenário de divulgação de resultados trimestrais, movimentações societárias e reações a eventos extremos, o Ibovespa avançou 1,45% no mês, com direito a um novo fechamento histórico: 140.109 pontos em 20 de maio. E ainda foi além — o recorde intraday foi de 140.381,93 pontos.

Mas os números do índice foram apenas o pano de fundo. O que realmente prendeu os olhos do mercado foram os papéis que se destacaram — tanto no topo quanto no fundo do ranking.

Ações que mais subiram no Ibovespa em maio de 2025

Seis empresas roubaram a cena com altas superiores a 20%, impulsionadas principalmente por bons resultados financeiros do 1º trimestre de 2025. A estrela do mês foi a Azzas 2154 (AZZA3), com uma valorização expressiva de 38,66%. Na sequência, vieram nomes de peso como:

  • Renner (LREN3): +24,30%
  • Hapvida (HAPV3): +23,28%
  • Assaí (ASAI3): +22,09%

Ainda na esteira do otimismo, outras quatro ações registraram ganhos acima de 18%:

  • PetroReconcavo (RECV3): +18,76%
  • Porto (PSSA3): +18,37%
  • Marfrig (MRFG3): +18,30%
  • Bradesco (BBDC4): +18,17%

O desempenho de algumas dessas companhias reflete uma combinação de fatores como recuperação operacional, revisões de guidance, melhora na percepção de risco e oportunidades em papéis descontados.

Azul lidera as quedas: pedido de recuperação nos EUA assusta investidores

Nem só de glória vive o mercado. No outro extremo, a companhia aérea Azul (AZUL4) teve o pior desempenho do mês com uma derrocada de 38,78%, novamente liderando as perdas do Ibovespa.

O movimento foi motivado pelo pedido de Chapter 11 nos Estados Unidos, anunciado em 28 de maio, após o fracasso de uma oferta de ações — fato que adicionou ainda mais pressão sobre a já combalida estrutura financeira da empresa.

Outras quedas relevantes incluíram:

  • RD (RADL3): -25,15%
  • Banco do Brasil (BBAS3): -19,05%

Sendo assim, essas empresas também sentiram o peso de resultados trimestrais abaixo das expectativas e de uma leitura mais conservadora dos investidores sobre seus próximos passos.

O que os investidores podem esperar após o rally de maio?

Com a temporada de balanços deixando para trás vencedores e perdedores, o mercado se volta agora para os próximos gatilhos: decisões de política monetária, cenário fiscal brasileiro e o comportamento das commodities.

Dessa forma, a pergunta que fica é: os papéis que lideraram as altas seguirão embalados em junho, ou foi um pico isolado?

Em suma, a performance do Ibovespa em maio mostra que o investidor atento ao timing, aos fundamentos e ao contexto macroeconômico tem grandes chances de capturar movimentos relevantes — para o bem ou para o mal.