O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, opera com perdas durante as primeiras horas do pregão desta sexta-feira (28), pressionado pela alta do PCE (índice de despesas de consumo), dos EUA. O núcleo do índice subiu 0,4% em fevereiro, de acordo com dados divulgados divulgados nesta sexta-feira (28).
Por volta das 13h20 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma queda de 1,07%, aos 131.723 pontos.
O dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, ao passo que avançava uma alta de 0,35%, cotado a R$ 5,7655.
Investidores aguardam discursos de dirigentes do Fed (Federal Reserve) na tarde desta sexta-feira (28). Enquanto isso, ainda reagem aos dados do IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), divulgados nesta quinta-feira (27). O índice cresceu 1,06% em fevereiro. Além disso, reagem aos dados de emprego do Brasil.
Ibovespa em queda com atenção aos dados de emprego
Também movem o Ibovespa as informações sobre o emprego no Brasil. Os dados da PNAD, divulgados nesta quinta-feira (27), mostraram uma taxa de desemprego de 6,8%, o que representa uma alta em relação aos 6,5% no trimestre móvel anterior. A população desocupada foi de 7,5 milhões.
Agentes do mercado brasileiro seguem cautelosos devido às elevadas projeções para o IPCA (Índice de preços ao consumidor amplo), mas recebem bem os ajustes que têm sido feitos nas previsões há algumas semanas. A inflação esperada para 2025 está em torno de 5,6% desde 7 de fevereiro, mas o Boletim Focus têm diminuído suas projeções.
O primeiro trimestre do ano está quase chegando ao fim. Investidores entram nessa transição com mais certeza de que o BC (Banco Central) vai continuar seus esforços para atingir a meta para a inflação, como indicou a instituição em suas últimas comunicações. Isso também quer dizer que o aperto de juros deve durar bastante.
Além disso, o Ibovespa responde às discussões sobre o Orçamento de 2025. Aprovado pelo Congresso com três meses de atraso, o planejamento deve voltar a ter destaque com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes da Câmara Hugo Motta e do Senado Davi Alcolumbre da visita ao Japão e Vietnã.