O cenário não é o mais confortável para o mercado financeiro, com as movimentações políticas o afetando e a confiança de investidores estrangeiros sendo deteriorada. Diante dessas questões, o comum seria aproveitar o recuo e comprar os ativos que estão baratos, mas analistas alertam que o melhor é ter cautela e investir em setores mais resilientes às volatilidades.
“As empresas ficaram muito baratas, né?! Mas não podemos cometer o erro de tentar comprar logo porque não vai ser em um ou dois dias que elas (as empresas) vão retomar o crescimento. É preciso deixar o mercado decidir o que vai acontecer”, declara Rafael Bombini, especialistas em renda variável da EWZ Capital, ao Estadão.
A queda do principal benchmark da bolsa brasileira gerou um prejuízo de R$ 284 bilhões em valor de mercado das companhias listadas na B3.
O analista da O2 Research, Mário Goulart, destaca: “Não sabemos se haverá problemas mais graves pela frente. As ‘molecagens’ com o teto fiscal podem piorar o que já não anda bom”.
Entretanto, se o investidor tiver recursos para investir nesse momento de incertezas, a orientação de Goulart é fazer pequenos aportes para reduzir os danos. “O ambiente está mais para cair do que para subir. Se o investidor tem uma grana livre para comprar ações, em vez de comprar tudo agora, separe um quarto ou um terço para aportes”.