Ibovespa encerra em baixa com eleição no radar; dólar sobe

Principal índice da bolsa brasileira recuou 3,27%, aos 116 mil pontos

Com eleições e exterior no radar, o Ibovespa encerrou esta segunda-feira (24) em baixa. Pressionado por desdobramentos da política nacional e economia internacional, principalmente chinesa, o principal índice da bolsa brasileira recuou 3,27%, aos 116.013 pontos. O dólar, por sua vez, subiu 2,78%, a R$ 5,30.

Para o analista Rodrigo Cohen, co-fundador da Escola de Investimentos, mesmo com o a China divulgando dados positivos com PIB (Produto Interno Bruto) acima das expectativas, as bolsas caíram com a reeleição de Xi Jinping. “O mercado se preocupa com a política de ‘Covid Zero’ imposta pelo governo. O Brasil é mais correlacionado ao país porque é mais dependente da China do que dos EUA”, explicou.

Outro motivo, segundo o analista, foi o caso Roberto Jefferson, que atirou contra policiais no domingo. “Uma parte do mercado acredita que Jefferson é aliado de Jair Bolsonaro (PL) e, com isso, ele pode perder votos, o que se reflete na bolsa”, apontou.

Ainda, com a alta da bolsa nos últimos dias, Cohen acredita que o investidor está colocando “o lucro no bolso”.

Com isso, entre as maiores baixas do Ibovespa nesta segunda-feira (24), Banco do Brasil (BBAS3) liderou com forte queda de 9,80%. No setor bancário, Santander (SANB11) recuou 3,78%, Itaú (ITUB4) teve baixa de 4,35% e Bradesco (BBDC4) caiu 4,25%. 

Petrobras (PETR3;PETR4) também registrou fortes baixas, entre destaques negativos, caindo 10,03% e 9,17%, afetada por questões políticas. No setor de petróleo, PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) caíram 1,09% e 1,31%.  Petrorecôncavo (RECV3) subiu 0,94%.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) também apareceu entre as maiores quedas, com recuo de 8,03%. A CSN Mineração (CMIN3) perdeu 2,88%. O setor de mineração também teve pregão negativo, com Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) desvalorizando, respectivamente, 3,14%, 0,26% e 2,82%. 

BRF (BRFS3) completou o ranking de maiores perdedores, com queda de 7,76%. Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3) recuaram 1,68% e 0,56%. JBS (JBSS3) fechou na contramão, subindo 1,20%. 

Do outro lado, a Copel (CPLE3) registrou a maior alta do pregão, avançando 4,65%, após sinalizações do governador reeleito do Paraná mudar de tom sobre privatização. Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN3), que irão divulgar seus balanços trimestrais ainda essa semana, subiram 3,42% e 1,79%. Dexco (DXCO3) teve alta de 1,75%. Carrefour (CRFB3) valorizou 2,09%. 

No setor de varejo, Americanas (AMER3) teve alta de 0,28%. Méliuz (CASH3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) perderam, respectivamente, 3,64%, 1,69% e 3,22%. 

Entre as empresas de construção, MRV (MRVE3) caiu 3,33%, Cyrela (CYRE3) teve queda de 2,42% e Eztec (EZTC3) recuou 1,62%. 

Em saúde, Hapvida (HAPV3) caiu 2,95%, Sul América (SULA11) perdeu 2,32% e Rede D’Or (RDOR3) desvalorizou 1,92%. 

O IRB Brasil (IRBR3) fechou em baixa de 7,55%, após registrar um prejuízo líquido de R$ 164,7 milhões em agosto deste ano, revertendo um lucro de R$ 84,8 milhões no mesmo mês de 2021.

No exterior, as bolsas encerraram na contramão do Ibovespa. Em Wall Street, Nasdaq subiu 0,86%, Dow Jones avançou 1,34% e  S&P 500 teve alta de 1,24%. 

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