Ibovespa encerra com alta de 0,63% após decisão do Fed

Dólar fecha com ganhos a R$ 5,70

O Ibovespa encerrou com ganhos de 0,63% no pregão desta quarta-feira (15). Em mais uma sessão volátil, o índice chegou a cair e ficar abaixo do patamar dos 106 mil pontos, mas reverteu as perdas. O mercado brasileiro repercute a aprovação da PEC dos Precatórios em primeiro turno na Câmara dos Deputados, a liberação dos embargos da China sobre as importações de carne bovina brasileira e a decisão do Banco Central dos Estados Unidos sobre a retirada de estímulos da economia.

A Câmara dos Deputados aprovou o texto principal da nova PEC dos precatórios na noite de terça-feira (14), com 327 votos a favor, 147 contra e 1 abstenção. Faltam ainda sete destaques a serem analisados, entre eles a mudança do Auxílio Brasil para um benefício permanente, e a votação em segundo turno. A previsão é que ocorra a decisão sobre a matéria hoje.

A China liberou as importações de carne bovina, de acordo com comunicado do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) à Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Os embargos já duravam cerca de 4 meses, desde o início do surto do “mal da vaca louca” em rebanhos em Minas Gerais e Mato Grosso. Estima-se que o bloqueio gerou mais de US$ 2 bilhões em prejuízos às empresas de proteína animal.

Com a retirada dos embargos na China, os frigoríficos foram uns dos destaques da sessão. A Minerva Foods liderou os ganhos do Ibovespa, praticamente, por todo o pregão desde o anúncio da liberação, e viu suas ações dispararem mais de 10%. Pela manhã, entre os 5 maiores ganhos do índice, 3 pertenciam ao setor de proteína animal.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central-Brasil (IBC-Br) registrou queda de 0,40% em outubro ante ao mês de setembro, sendo o dobro do esperado pelos analistas, os quais estimavam recuo de 0,20%. No acumulado de 2021, o indicador reporta ganhos de 4,99%, enquanto nos últimos 12 meses, a soma chega a alta de 4,19%.

Nos EUA, o Fed anunciou que dobrará a compra de ativos, o “tapering” para US$ 30 bilhões a partir de janeiro de 2022, com isso o programa de estímulos à economia pode acabar no primeiro semestre do ano que vem. A taxa de juros foi mantida entre zero e 0,25%, porém a entidade sinalizou que o indicador sofrerá três aumentos em 2022.

O Departamento do Comércio divulgou que os estoques das empresas registraram  aumento de 1,2% em outubro, em comparação com o mês de setembro, atingindo US$ 2,127 trilhões. A expectativa dos economistas consultados pelo “Wall Street Journal” era de uma alta de 1,1%.

Na Europa, as bolsas do continente encerram mistas, enquanto as ações dos setores de tecnologia e saúde se demonstraram vigorosas, os papéis dos segmentos de varejo e energia limitaram os ganhos antes de um anúncio de política monetária dos EUA.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou com alta de 0,3%, interrompendo uma sequência de cinco sessões de perdas consecutivas.
Na Ásia, a produção industrial da China avançou 3,8% em novembro. As vendas no varejo da região subiram 3,9%, ficando abaixo das estimativas dos economistas ouvidos pela Refinitiv. 

Ibovespa

O índice avançou 0,63% na sessão, aos 107.431 pontos. O volume negociado foi de R$ 74 bilhões.

5 maiores altas do Ibovespa:
BEEF3 [+10.96%]
MGLU3 [+7.84%]
AMER3 [+7.80%]
LAME4 [+7.62%]
BPAN4 [+6.01%]

5 maiores quedas do Ibovespa:
ECOR3 [−2.47%]
IGTI11 [−2.32%]
DXCO3 [−1.78%]
BBAS3 [−1.72%]
EQTL3 [−0,88%]

IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) avançou 0,28% na sessão, aos 2.676 pontos.

5 maiores altas do IFIX:
GTWR11 [+5.29%]
XPCM11 [+3.75%]
BTAL11 [+3.56%]
RVBI11 [+2.99%]
PVBI11 [+2.77%]

5 maiores quedas do IFIX:
AIEC11 [-2.22%]
BLMR11 [-1.61%]
HGCR11 [-1.57%]    
ALZR11 [-1.42%]
GALG11 [-1.42%]

Dólar
A moeda norte-americana avançou 0,25% a R$ 5,707 na compra e R$ 5,708 na venda.

Índice pela tarde

Às 17h19 (horário de Brasília) o índice subia 0,52% aos 107.320 pontos. O dólar registrava valorização de 0,25%, a R$ 5,70.

Às 15h22 (horário de Brasília) o principal benchmark da bolsa virava leve recuperação de 0,19% aos 106.958 pontos. O dólar avançava 0,51%, a R$ 5,72.

Índice ao meio-dia

Às 12h10 (horário de Brasília) o Ibovespa ampliava as perdas da manhã com queda de 0,85%, aos 105.856. Dólar avança 0,55%, a R$ 5,724.

Apesar da queda, os frigoríficos lideram os ganhos do índice após a retirada de embargos da China sobre a importação de carne bovina de origem brasileira.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h20 (horário de Brasília) o Ibovespa abre com queda de 0,38% na sessão desta quarta-feira (15), aos 106.350 pontos. O dólar registra avanço de 0,17%, a R$ 5,70.

O mercado brasileiro repercute a aprovação do texto PEC dos Precatórios em primeiro turno na Câmara dos Deputados. A proposta deve seguir para a segunda etapa de votação ainda nesta quarta e, caso o texto não sofra alterações, poderá ser promulgada.

Os investidores em todo globo aguardam pela decisão do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central dos Estados Unidos (Fomc), que vai definir o futuro dos estímulos, e juros, do país.

Entre os destaques da Bolsa, o Grupo Soma liderava os ganhos do Ibovespa com alta de 0,68%, a R$ 13,5. Sobre as maiores perdas do índice, a Eletrobras encabeça as quedas com baixa de 2,21%, a R$ 33,22.

No radar corporativo, a Rede D’Or irá pagar R$ 186,083 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas. A Vibra Energia também anunciou o pagamento de R$ 148,5 milhões em proventos.  

O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) abriu com alta de 0,35%, aos 2.678 pontos. Nesta manhã, o fundo BTAL11 liderava os ganhos do indicador, com avanço de 2,60%, a R$ 91,37. Entre os destaques negativos, o fundo 11 liderava as perdas, com queda de 2,80%, a R$ 88,99.

Pré-abertura da Bolsa

O Ibovespa fechou no vermelho na terça-feira (14). Entre altas e baixas, o índice chegou a flertar com os 109 mil pontos, mas cedeu com as pressões do mercado externo. Na sessão, as atenções foram voltadas para a votação da PEC dos Precatórios na Câmara e a chegada da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). Já no exterior, os mercados repercutiam dados da inflação ao produtor dos EUA, que gerou um “mau humor” durante as negociações.

Na manhã desta quarta-feira (15), o BC irá divulgar o seu índice de atividade IBC-Br, relativo a outubro, às 9h.

Os mercados internacionais operam de forma mista no início do pregão desta quarta-feira, com investidores à espera do Federal Open Market Committee (Fomc), durante a tarde, para a definição da política monetária dos Estados Unidos.

É esperado que o órgão mantenha a taxa de juros entre 0% e 0,25%. Além disso, a expectativa do mercado está na aceleração da retirada de estímulos pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). A projeção é para que o ritmo de redução de compra de títulos seja dobrado para US$ 30 bilhões.

Ainda nos Estados Unidos, o projeto de lei que amplia o teto da dívida norte-americana em US$ 2,5 trilhões foi enviado ao presidente Joe Biden para ser sancionado, após a aprovação de legisladores.

Os futuros norte-americanos operam com leve alta nesta manhã, em meio a espera de dados sobre as vendas no varejo de novembro às 10h30.

As bolsas europeias operam em alta, com investidores também aguardando notícias do Fomc.

Na zona do euro, o Índice de preços ao Consumidor do Reino Unido avançou 5,1% em 12 meses até novembro, ante a elevação de 3,2% em outubro. A alta é a mais acentuada em uma década e supera as expectativas do Banco da Inglaterra.

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, com as negociações chinesas recuando, à medida que investidores digerem dados econômicos do país.

A produção industrial da China avançou 3,8% em novembro. As vendas no varejo da região subiram 3,9%, ficando abaixo das expectativas da Refinitiv. Os resultados apontam para uma desaceleração no crescimento em meio a um freio do mercado imobiliários e as interrupções impostas pela Covid-19.

No que diz respeito às commodities, os preços do petróleo recuam nesta manhã de quarta-feira, após a Agência Internacional de Energia (IEA) declarar que a demanda pela commodity deve ser menor que o esperado para o próximo ano. Segundo o InfoMoney, a estimativa foi afetada pela variante Ômicron.
 
Confira os principais índices às 7h50:
 
IFIX [-0,19%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+0,10%]
S&P/A SX 200 [-0,70%]
Hang Seng [-0,91%]
Shanghai [-0,38%]
 
EUROPA
DAX [+0,30%]
FTSE 100 [-0,28%]
CAC 40 [+0,65%]
SMI [+0,61%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [+1,85%]
US 2000 [-0,12%]
US Tech 100 [-0,18%]
US 500 [+0,03%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,22%] US$ 1.768,60
Prata [-0,69%] US$ 21,773
Cobre [-1,15%] US$ 4,1877
Petróleo WTI [-1,34%] US$ 69,77
Petróleo Brent [-1,21%] US$ 72,81
Minério de ferro futuro [-1,35%] US$ 107,04

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