Ibovespa encerra com queda de 0,15% com pressão dos EUA

Dólar fecha em baixa, a R$ 5,52

Em sessão de forte volatilidade, o Ibovespa encerrou a sessão com queda de 0,15% na sessão desta quinta-feira (13), com o exterior no radar. O índice se beneficiou do avanço das ações da Petrobras e dos setores de frigoríficos e financeiro, porém não foi o suficiente para evitar a queda do índice que sofreu com as pressões do exterior após falas da vice-presidente do Banco Central do Estados Unidos, Lael Brainard, sobre a política monetária do país.

Em Brasília, o governo estuda a possibilidade de vetar até R$ 9 bilhões no Orçamento de 2022. O Palácio do Planalto e o Ministério da Economia avaliam que a medida ajudaria a recompor gastos que estariam subestimados nas contas aprovadas pelo Congresso Nacional. Segundo a fonte, os cálculos feitos pela área técnica mostraram insuficiência de recursos para parte das funções do Orçamento deste ano.

Entre os pontos identificados, estão a necessidade de recompor R$ 3 bilhões em gastos com pessoal do governo federal, além de outros R$ 2 bilhões para viabilizar a continuidade de operação de sistemas da Receita Federal. Os R$ 4 bilhões restantes se referem a verbas de ministérios não especificadas pela fonte.

O Orçamento de 2022 depende apenas da sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL), com prazo até 21 de janeiro.

Apesar da queda do Ibovespa, o setor bancário foi um dos destaques da sessão, com as ações do Santander e do Itaú figurando entre os maiores ganhos do benchmark. O Índice do Setor Financeiro da B3 (IFNC) foi o indicador com maior alta no pregão, com avanço de 0,70%, aos 66.52 pontos.

O setor de serviços cresceu 2,4% na passagem de outubro para novembro, após dois meses em território negativo, recuperando a queda acumulada de 2,2%, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Das cinco atividades investigadas pelo estudo, quatro avançaram em novembro, com destaque para serviço de informação e comunicação (5,4%), que recuperaram a perda de 2,9% registrada nos dois meses anteriores. 

Nos EUA, as bolsas encerraram em queda após falas da vice-presidente do BC norte-americano (Fed) sobre o combate à inflação no país. Lael Brainard confirmou que o tapering (retirada de estímulos) se encerra no fim do primeiro trimestre deste ano e que, após esse processo, o Fed estará pronto para iniciar altas dos juros.

As solicitações de auxílio-desemprego totalizaram 230 mil pedidos, contra os 207 mil registrados na semana anterior. A previsão era de 200 mil solicitações.

Na Europa, as bolsas encerraram mistas em meio a ruídos nos EUA e aguardando o início da temporada de balanços nos dois lados do Atlântico Norte. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,03%, a 486,05 pontos, com destaque negativo para as ações de saúde e bens pessoais.

Ibovespa
O principal índice da B3 recuou 0,15% na sessão, aos 105.529 pontos. O volume negociado totalizou R$ 27,4 bilhões.

5 maiores altas do Ibovespa
MRFG3 [+5,18%]
BEEF3 [+3,27%]
PRIO3 [+3,00%]
SANB11 [+2,94%]
ITSA4 [+2,90%]

5 maiores quedas do Ibovespa
BIDI11 [-10,07%]
LWSA3 [-8,38%]
CASH3 [-5,20%]
NTCO3 [-4,92%]
RADL3 [-4,84%]

IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) fechou o pregão com leve alta de 0,1%, a 2.764 pontos.

5 maiores altas do IFIX 
BLMR11 [+3,70%]
HSLG11 [+2,26%]
VILG11 [+2,26%]
XPPR11 [+1,09%]
BRCO11 [+1,08%]

5 maiores quedas do IFIX
XPML11 [-2,06%]
VTLT11 [-2,04%]
RVBI11 [-1,90%]
AIEC11 [-1,35%]
PVBI11 [-1,20%]

Dólar
A moeda norte-americana recuou 0,10%, a R$ 5,529 na compra e R$ 5,530 na venda.

Índice pela tarde

Às 15h39 (horário de Brasília) o Ibovespa retornava ao terreno positivo com avanço de 0,32%, aos 106.022 pontos. O dólar tinha queda de 0,31%, a R$ 5,51.

Às 14h45 (horário de Brasília) o principal benchmark da bolsa virava para baixa de 0,11%, aos 105.565 pontos. O dólar recuava 0,14%, a R$ 5,52.

Índice ao meio-dia

Às 11h59 (horário de Brasília) o Ibovespa atingia a máxima do dia ao registrar alta de 0,49%, aos 106.207 pontos. O dólar registrava um recuo de 0,40%, a R$ 5,51.

O primeiro turno da sessão foi marcado de instabilidade, registrando perdas ao longo da manhã desta quinta-feira (13) e recuperando-se perto do meio dia, quando registrou a máxima diária, até o momento.

Os radares dos investidores se concentravam no Índice de Preços ao Produtor (PPI) norte-americano, divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Departamento do Trabalho norte-americano.

A alta dos preços ao produtor nos Estados Unidos desacelerou em dezembro, uma vez que os custos de bens caíram em meio a sinais de que o aperto das cadeias de oferta começa a diminuir, em possível sinal de que a inflação provavelmente atingiu o pico.

Além disso, houve a divulgação do Pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que superam expectativas. As solicitações de auxílio-desemprego da semana encerrada em 8 de janeiro totalizaram 230 mil pedidos nos Estados Unidos, contra os 207 mil registrados na semana anterior.

Os dados, levantados pelo Departamento de Trabalho do país, ficaram acima da previsão de 200 mil benefícios realizada por economistas.

As ações ordinárias da Petrorio lideravam a sessão com maiores ganhos, registrando avanço de 5,01%, a R$ 22,43. 

Por outro lado, os papéis da Meliuz obteve destaque negativo com pior desempenho, ao registrar recuo de 4,09%, a R$ 2,58.

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), negociado na B3, registrou queda de 0,07%, aos 2.762 pontos.

O ativo BLMR11 liderava os ganhos neste momento, com avanço de 1,45    %, a R$ 7,57. O ativo BRCO11 beirava a primeira posição de maiores ganhos registrando alta de 1,39%, a R$ 97,1.

O ativo que não obteve desempenho positivo neste período foi o XPML11 que liderou a maior perda, com queda de 1,92%, sendo cotado a R$ 93.

Como foi a abertura do Ibovespa?

O principal índice da bolsa de valores brasileira iniciou o pregão desta quinta-feira (13) com recuo de 0,39% aos 105.269 pontos. O dólar avançava  0,24%, a R$ 5,54.

A desaceleração do Ibovespa veio após a bolsa acumular dois dias no azul, em dia morno no exterior. Apesar da queda, o índice mantém os 105 mil pontos recuperados no pregão anterior.

O mercado acompanhou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (13), no qual aponta um crescimento de 2,4% no volume de serviços em novembro frente a outubro, já na comparação anual, o resultado é de alta de 10%.

Os números vieram bem acima do esperado, a projeção do consenso Refinitiv era de alta de 0,2% na base mensal e de 6,5% na comparação anual.

Confira a abertura do Ibovespa na íntegra.

Pré-abertura da Bolsa

Na sessão desta quinta-feira (13) as atenções estão voltadas para os dados de inflação ao produtor nos Estado unidos, além dos pedidos semanais de seguro-desemprego no país. Além disso, na agenda doméstica, saem os números do setor de serviços relativos a novembro.

Os índices futuros norte-americanos oscilam nesta manhã com tendência a queda, após uma sequência de avanços em meio a atualizações sobre a política monetária estadunidense.

Confira a pré-abertura do mercado aqui.

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