Ibovespa encerra com salto de 1,54% em dia sem ruídos políticos

O Ibovespa encerrou com alta de 1,54% no pregão desta quinta-feira (11), o principal índice da Bolsa de Valores chegou a saltar mais de 2%, mas reduziu os ganhos por conta das preocupações com os riscos fiscais. O benchmark aproveitou a repercussão da prorrogação por mais dois anos da desoneração da folha de pagamentos de empresas. Via Varejo liderou as perdas do Ibovespa e da B3 no geral; varejista sofre após divulgação do seu balanço trimestral.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai prorrogar por mais dois anos a desoneração da folha de pagamento das empresas de 17 setores .“Resolvemos prorrogar por mais dois anos a desoneração da folha. Isso tem a ver com manutenção de emprego. Quem se eleger em 2022 vai ter 2023 todinho para resolver essa questão”, afirmou o chefe de Estado em evento no Palácio do Planalto

As ações da Via Varejo despencaram 12,48%, sendo a maior baixa da B3 durante a sessão. A queda veio um dia após a divulgação dos resultados trimestrais da companhia, que destacaram as provisões para processos trabalhistas, no qual somaram R$ 810 milhões. O Credit Suisse revisou sua sugestão de compra dos papéis da varejista e recomendou desempenho underperform, a venda dos ativos da Via. 

As vendas do varejo registraram queda de 1,3% em setembro, na comparação com agosto, bem maior que o esperado pelos economistas, que projetavam recuo de 0,6%. Na comparação anual, a queda foi de 5,5%, também superando as expectativas de 4,25%.

O mercado brasileiro aguarda pela divulgação dos balanços corporativos Magazine Luiza, Americanas, Qualicorp, Sabesp, Natura, B3 e outras companhias.

Nos Estados Unidos, o mercado de títulos não opera hoje por causa do feriado de Dia dos Veteranos, mas as Bolsas funcionarão normalmente. Wall Street operou de forma mista, após divulgação de balanços corporativos fracos e maior nível inflacionário em 30 anos.

Na Europa, o principal indicador do dia foi o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, no qual cresceu 1,3% durante o terceiro trimestre. O resultado foi o mais fraco desde o início dos lockdowns por causa da pandemia de Covid-19.

Na Ásia, o setor imobiliário respira e deu impulso às bolsas do continente, um dia após um dos credores da Evergrande afirmar não ter recebido os pagamentos e pedir pela falência da incorporadora. De acordo com o New York Times, a imobiliária chinesa quitou dois títulos em aberto e impediu sua inadimplência. 

Ibovespa
O índice avançou 1,54% no encerramento do pregão aos 107.594 mil pontos. O volume negociado foi de R$ 32 bilhões

Dólar
A moeda norte-americana encerra em queda de 1,74% a R$ 5,404 na compra e na venda
 

Índice pela tarde

Às 17h00, o índice subia 1,64%, aos 107.725 pontos. O dólar recuava 1,74% a R$ 5,40.

Às 14h29, o principal benchmark da bolsa avançava 2,28%, aos 108.297 pontos. O dólar tinha queda de 1,75% a R$ 5,40.

Índice ao meio-dia

Às 12h14, o Ibovespa tinha alta de 2,41%, aos 108.524 pontos. O dólar tinha queda de 1,80% a R$ 5,40.

No início desta tarde, o Ibovespa opera em alta, renovando a máxima, após o presidente Jair Bolsonaro anunciar que o governo irá prorrogar por mais doi anos a questão sobre a desoneração da folha de pagamento de empresas.

Nesta quinta-feira (11), o índice registrou um movimento positivo também diante da recuperação das commodities, após a China registrar um avanço nas suas ações de mais de 1% (veja aqui). Ainda nesta manhã, os contratos futuros do minério de ferro negociados na China subiram, depois de informações que China Evergrande Group havia realizado pagamentos aos detentores de títulos, evitando calote.