Ibovespa encerra em alta com varejo; dólar sobe

Principal índice da bolsa brasileira teve alta de 0,20%, a 112.991 pontos

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (15) em alta de 0,20%, a 112.991 pontos, revertendo abertura em baixa. O principal índice da bolsa brasileira foi puxado por varejistas como Magalu (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3). O dólar subiu 0,33%, a R$ 5,09, com dados da economia da China pesando. 

Nesta segunda, o Banco Central divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado uma “prévia do PIB (Produto Interno Bruto)”, que registrou alta de 0,69% para o mês de junho em relação ao período anterior. A alta do índice interrompeu duas quedas consecutivas e superou as expectativas do mercado – uma alta de 0,25%.

Além disso, a temporada de balanços corporativos chega ao fim, mas ainda movimenta a bolsa essa semana. 

No exterior, o foco é a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve, banco central norte-americano, prevista para quarta-feira (17). Em seu último encontro, a autoridade monetária elevou os juros em 75 pontos base.

Ainda, as tensões entre China e Estados Unidos continuam uma vez que parlamentares norte-americanos visitam a ilha de Taiwan. 

Ações de commodities em baixa pesaram no índice após dados fracos da economia chinesa. A produção industrial chinesa aumentou 3,8% em relação ao ano anterior, um crescimento aquém do esperado pelo mercado. As vendas no varejo, por sua vez, cresceram 2,7% em relação ao ano anterior em julho, abaixo do aumento de 3,1% de junho. 

Com isso, 3R Petroleum registrou queda de 3,97%, enquanto PetroRio (PRIO3) e Petrorecôncavo (RECV3) tiveram baixa de 2,16% e 2,16%

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) caíram, respectivamente, 0,37% e 0,13%, após oscilarem direções durante o dia. A estatal anunciou nesta segunda uma nova redução no preço médio da gasolina vendida às distribuidoras. A partir da próxima terça-feira (16), o litro passa a custar R$ 3,53 ante R$ 3,71, uma redução de 4,85%. 

No setor de mineração, a Vale (VALE3) fechou desvalorizando 2,15%. Gerdau (GGBR4) recuou 1,03%, Usiminas (USIM5) teve baixa de 2,42% e CSN (CMIN3) caiu 4,55%.

Entre as maiores perdas, Braskem (BRKM5) encerrou com baixa de 4,78%, a R$ 34,27, enquanto SLC Agrícola (SLCE3) teve queda de 3,37%, a R$ 44,16.

Na contramão, as varejistas brilharam, valorizando mais de 12%. Americanas (AMER3) saltou 17,82%, enquanto a Via (VIIA3) valorizou 14,78%. Magazine Luiza (MGLU3) subiu 12,29%, alcançando a marca de R$ 4,02. Na expectativa pelo balanço do segundo trimestre, os papéis do Méliuz (CASH3) dispararam 13,43%. 

Entre as construtoras, MRV (MRVE3) subiu 8,09%, Cyrela (CYRE3) fechou em alta de 5,89% e Eztec (EZTC3) valorizou 6,03%. 

No setor bancário, Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) caíram, respectivamente, 0,96%, 0,41% e 1,95%. Itaú (ITUB4) encerrou na contramão, com alta de 0,86%. 

As ações da companhia de alimentos M. Dias Branco (MDIA3) dispararam mais de 25% nesta segunda após registrar resultado acima do esperado por analistas. Para o Itaú BBA, o desempenho positivo de preços da M. Dias no trimestre mais do que compensou suas perdas de participação de mercado, uma vez que o portfólio da empresa apresentou sólido desempenho de preços no segundo trimestre em geral. 

No setor alimentício, mas de proteínas, BRF (BRFS3) subiu 5,53%, enquanto JBS (JBSS3) caiu 1,31%. Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) fecharam em alta de, respectivamente, 2,38% e 0,28%.

O Ibovespa encerrou em linha com o exterior. Nasdaq opera em alta de 0,62%. Dow Jones sobe 0,45% enquanto S&P 500 valoriza 0,35%. Na Ásia e Europa, clima também foi positivo nas principais bolsas. 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile