Ibovespa encerra em alta mesmo após 'susto' com a Petrobras

Bolsa chegou a cair 0,82% após falas do presidente da petroleira sobre a política de preços da companhia

A Bolsa de Valores brasileira encerrou o pregão desta segunda-feira (27) acumulando alta de 0,27% a 113.583 pontos. O mercado chegou a sofrer um “susto” após queda de -0,87%  após falas do presidente da Petrobras, Joaquim Silva, que negavam a possibilidade de mudança na política de preços da companhia.

As ações da petroleira chegaram a cair 2%, mas após estabilidade da B3 encerram o dia com crescimento de, aproximadamente, 0,9%.

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o desemprego recuou para 13,7% em junho. A taxa de ocupação dessazonalizada foi a menor apurada desde de 2020 e ficou em 13,8%.

O Banco Central divulgou o Boletim Focus, com projeção de avanço da inflação para 8,45% em 2021, para o ano que vem a expectativa também aumentou para 4,32%. O mercado ainda manteve as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) a 5,04% e da Taxa de Câmbio a R$ 5,20, além da Selic que se fixou em 8,25%.

A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,57% em agosto e aproximou-se de R$ 5,5 trilhões. Segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,396 trilhões em julho para R$ 5,481 trilhões em agosto.

Na Europa, os principais índices subiram com a eleição na Alemanha, que deixaram tanto o Partido Social Democrata (SPD), quanto a União Democrática Cristã (CDU), de Angela Merkel, com chances de formar maioria no Congresso. De acordo com preliminares, o SPD vem vencendo a eleição por 25,7% dos votos contra 24,1% do CDU.

O Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, chegou a subir 0,4% durante a manhã, sendo impulsionado pelos setores de petróleo e gás lideram os ganhos, mas o índice encerrou o dia em queda de 0,19%.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenta evitar uma diminuição, “shutdown”, do funcionamento do governo, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, espera que o projeto de US$ 1 trilhão (R$ 5,4 trilhões) em infraestrutura seja aprovado esta semana. A forma de evitar a paralisação é levar o orçamento até o final de setembro.

Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse que a economia americana está próxima de atingir o patamar que permitirá a redução nas compras mensais de ativos promovidas pelo banco central do país para estimular a economia.

Os principais índices futuros encerraram a semana passada com pequenos ganhos, superando as perdas. O S&P fechou em alta de 0,5%; o Dow avançou 0,6%, dando fim a sequência de perdas; e o Nasdaq subiu 0,02%.

As bolsas asiáticas tiveram desempenhos variados entre si nesta hoje. O mercado ainda monitora as ações da incorporadora Evergrande.

Os papéis de Shanghai recuaram em meio a temores de analistas sobre a crise energética da China, provocada pelo aperto no padrão de emissão e a da oferta de carvão, que provocaram uma contração na indústria e estão pressionando o crescimento econômico do país. As informações são do Infomoney.

O petróleo se destacou entre os commodities, com o Brent registrando ganhos em meio a receios em relação à oferta, já que a demanda está aumentando à medida que os países retornam as condições econômicas em níveis pré-pandemia.
Confira os principais índices do dia:

ÁSIA
Nikkei 225 [-0,03%]
S&P/A SX 200 [+0,57%]
Hang Seng [+0,07%]
Shanghai [-0,84%]
 
EUROPA
DAX [+0,27%]
FTSE 100 [+0,17%]
CAC 40 [+0,19%]
SMI [-1,07%]
 
ÍNDICES FUTUROS DOS EUA
S&P 500 VIX [+5,69%]
US Tech 100 [-0,7%]
US 500 [-0,05%]
US 30 [+0,10%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,03%] US$ 1.750,50
Prata [+0,04%] US$ 22,645
Cobre [-0,04%] US$ 4,2780
Petróleo WTI [+0,04%] US$ 75,42
Petróleo Brent [+0,01%] US$ 78,62
Minério de ferro futuro [-0,29%] US$ 120,10

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