Ibovespa encerra em baixa de 2,28%; dólar cai a R$ 5,18

Crise hídrica também foi um indicador

Em dia marcado por votações na Câmara dos Deputados e no Senado, o Ibovespa encerrou esta quinta-feira (2) em baixa de 2,28%. Fator crise hídrica também foi um indicador econômico negativo no Brasil. 

Na política, o destaque foi para a votação da reforma do Imposto de Renda, onde de início foi aprovada com um texto que estabelecia 20% de alíquota de imposto sobre dividendos e o fim dos Juros Sobre o Capital Próprio (JCP), no entanto, hoje foi aceito a redução desse valor para 15%, refletindo na preocupação de qual seria a contrapartida para compensar esse ajuste.

Na economia, o resultado do PIB do segundo trimestre decepcionou e os investidores focaram a atenção nos dados da produção industrial, que caiu 1,3% em julho, ficando bem abaixo do recuo de 0,5% previsto pelos analistas consultados pela Refinitiv.

Com o cenário, o benchmark da B3 ficou desfocado do dia positivo lá fora, com os novos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos amanhã, após o relatório ADP.

Nos EUA, foram divulgados os dados de pedido de auxílio-desemprego nos EUA, que ficaram em 340 mil na semana, pouco abaixo do esperado por analistas.

Já na Europa, a inflação na zona do euro medida pelo Índice de Preços ao Produtor subiu 12,1% no mês de julho na comparação anual, frente à projeção de 11%, e ao patamar anterior, de 10,2%. Na comparação mensal, o índice avançou 2,3%, frente à projeção de 1,1% e ao patamar anterior, de 1,4%.

Bolsa

O Ibovespa fechou em baixa de 2,28%, a 116.677 pontos com volume financeiro negociado de R$ 29,922 bilhões.

Dólar

O dólar comercial encerrou em leve queda de 0,03% a R$ 5,183 na compra e a R$ 5,183 na venda. 

Ibovespa pela tarde

Às 16h23 (horário de Brasília), principal benchamrk brasileiro despencava 2,10%, a 116.892 pontos. O dólar comercial registrava leve queda de 0,03% a R$ 5,18. 

Índice ao meio-dia

Às 11h27 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 1,02%, a 118.181 pontos. O dólar comercial operava em queda de 0,29% a R$ 5,17. 

Ainda nesta manhã, o Ibovespa reflete a reação dos investidores em relação ao resultado das votações ocorridas no Congresso, na quarta-feira (1º).

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h18 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,95%, a 118.260 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,09% a R$ 5,18. 

Nesta quinta-feira (2), o Ibovespa opera em queda diante da aprovação da reforma do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados. Dos 480 votos, o Projeto de Lei recebeu 398 concordantes e 77 discordantes e 5 abstenções (veja mais aqui).

O mercado ainda digere a rejeição da minirreforma trabalhista no Senado, que ocorreu nesta quarta-feira (1º), por 47 votos contrários, 27 votos favoráveis e 1 abstenção, resultando no arquivamento da matéria (veja mais aqui).

Além disso, nesta quinta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), que registrou queda de 1,3% na produção industrial, após recuar 0,2% no mês anterior (veja mais aqui)

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou em alta na quarta-feira (1), iniciando o mês de setembro com desempenho positivo em meio ao avanço das bolsas internacionais e à repercussão favorável das discussões em Brasília.

Na sessão desta quinta-feira (2) atenção para dados da produção industrial brasileira, que serão divulgados às 9h00.

As bolsas mundiais operam relativamente estáveis nesta manhã, com os índices futuros dos EUA tendo leves altas. Na véspera, o índice S&P fechou com alta de 0,03%; o Dow caiu 0,1%; e o Nasdaq subiu 0,3%.

Ações do setor de tecnologia recuaram, enquanto os papéis ligados a petróleo e gás avançaram, após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep +) optar manter a produção de 400 mil barris de petróleo por dia.

Na sessão, investidores de Wall Street aguardam dados sobre folha de pagamento dos Estados Unidos, que serão expostos pela ADP. Além disso, o número de novos pedidos de auxílio desemprego também será divulgado.

Declarações recentes dos membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sinalizaram que o banco deve reduzir o ritmo da compra de títulos se o crescimento de emprego continuar acelerando.

As bolsas europeias também apresentam estabilidade. O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, avança 0,3%, com os setores de viagem e lazer liderando os ganhos.

Na zona do euro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Produtor subiu 12,1% em julho na comparação ano a ano.

As bolsas da Ásia fecharam a quinta-feira com desempenhos variados. Regulares chineses do Ministério do Transporte e outros órgãos convocaram e se reuniram com empresas de caronas pagas, foi solicitado que as companhias corrijam comportamentos que não atendem às regras do país.

Na China continental, o Shanghai composto avançou 0,84%; no Japão, o Nikkei subiu 0,33%, em Hog Kong, o índice Hang Seng teve alta de 0,24%, e na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,97%.
 
Confira os índices à 8h00:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+0,33%]
S&P/A SX 200 [-0,55]
Hang Seng [+0,24]
Shanghai [+0,84%]
 
EUROPA
DAX [-0,01%]
FTSE 100 [-0,05%]
CAC 40 [+0,08%]
SMI [+0,25%]
 
ÍDICES FUTUROS EUA
US 30 [+0,13%]
US 500 [+0,15%]
US Tech 100 [+0,20%]
US 2000 [+0,18%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,06%] US$ 1.817,15
Prata [-0,12%] US$ 24,192
Cobre [-0,07%] US$ 4,2748
Petróleo WTI [+0,55%] US$ 68,97
Petróleo Brent [+0,66%] US$ 72,06