O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a quinta-feira (14) em queda de 1,80%, aos 96.121 pontos. O índice refletiu o temor de recessão global após a divulgação de dados inflacionários dos EUA. O dólar avançou 0,65%, aos R$ 5,42.
Os mercados globais repercutiram a inflação norte-americana, que veio mais alta que o esperado. O índice avançou 1,3% em junho e atingiu 9,1% nos últimos 12 meses. O percentual ficou acima do projetado pelo mercado, de alta de 8,8%.
Nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou o PPI (Índice de Preços ao Produtor), que subiu 1,1% em junho na comparação com maio. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 11,3%. O mercado projetava alta mensal de 0,8% e anual de 10,7%.
No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou em maio. O dado, considerado a prévia do PIB (Produto Interno Bruto), teve queda de 0,11% em maio frente a abril. A projeção do mercado era de alta de 0,05%.
Notícias Relacionadas
As empresas ligadas às commodities sofreram no pregão com a queda dos insumos. O minério de ferro caiu para mínima de oito meses com cenário pessimista na China. Vale (VALE3) liderou as perdas do dia, desabando 6,66%, a R$ 67,95. CSN (CSNA3) veio logo em seguida, recuando 6,40%. Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) caíram 3,59% e 4,47%.
O petróleo Brent conseguiu fechar em alta de 0,27%, sendo negociado a US$ 99,81, mas chegou a cair mais de 4% durante o dia. Com isso, Petrobras (PETR3;PETR4) registrou queda de 3,19% e 2,69% e PetroRio (PRIO3) recuou 3,84%.
Na ponta positiva, Cielo (CIEL3) disparou 6,44% após recomendação de compra do Itaú BBA. BB Seguridade (BBSE3) e Raia Drogasil (RADL3) avançaram 4,31% e 3,67%.
O Ibovespa fechou em terreno negativo, assim como as bolsas internacionais. Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,53%. Os índices da região também fecharam todos em queda. Em Wall Street, o Dow Jones e o S&P 500 caíram 0,46% e 0,30%, enquanto o Nasdaq teve leve alta de 0,03%.
