O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a segunda-feira (11) em forte queda de 2,07%, aos 98.212 pontos. O índice foi influenciado pelos preços das commodities e por notícias do exterior. O dólar disparou 2,14%, cotado a R$ 5,36.
Nesta segunda-feira, a China anunciou novas restrições à três cidades que apresentaram um alto número de casos de covid-19. Agora, são cerca de 30 milhões de pessoas afetadas pela política de “covid zero” no país asiático. Além disso, novos casos da doença foram confirmados em Xangai e as autoridades apontam para uma subvariante do Ômicron, o que acendeu o alerta vermelho para os mercados ao redor do mundo.
Ainda na cena externa, os investidores aguardavam as declarações de Esther George, do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) de Kansas City. A dirigente afirmou apoiar o aumento da taxa básica de juros, mas alertou que mudanças abruptas podem prejudicar a economia do país.
Com as notícias, as commodities sofreram um baque neste primeiro pregão da semana, e as empresas ligadas aos insumos foram na mesma direção. Vale (VALE3) caiu 3,41%, a R$ 72,83. CSN (CSNA3) registrou queda de 5,05%. Petrobras (PETR3;PETR4) caiu 0,06% e 0,49%.
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O setor aéreo sofreu no pregão, registrando as maiores perdas do dia. Gol (GOLL4) despencou 11,79%, após projetar prejuízo de R$ 1,80 por ação no segundo trimestre do ano. As outras companhias aéreas foram no embalo, com CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4) caindo 4,75% e 7,55%.
Entre os poucos ativos que fecharam o dia em alta, destaque para Assai (ASAI3), PetroRio (PRIO3) e Magazine Luiza (MGLU3), que subiram 0,46%, 0,74% e 0,38%, respectivamente.
O Ibovespa encerrou na mesma direção que seus pares internacionais. Em Nova York, os índices fecharam todos em baixa, antecipando os resultados corporativos do segundo trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram 0,52%, 1,15% e 2,26%, respectivamente.