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Ibovespa reduz queda com possível adiamento de tarifas; dólar sobe

O mercado brasileiro reagiu a rumores de que a implementação das novas tarifas de importação poderiam ser adiadas por até 90 dias

Foto: Freepik
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O Ibovespa, índice de referência da B3, segue em queda nesta segunda-feira (7), embora com perdas moderadas em comparação ao início do pregão. 

O mercado brasileiro reagiu a rumores de que a implementação das novas tarifas de importação poderiam ser adiadas por até 90 dias, o que gerou um breve alívio nos investidores

No entanto, essa expectativa foi rapidamente desmentida pela Casa Branca, que negou qualquer movimentação nesse sentido, retornando a pressão negativa sobre os mercados.

Por volta das 12h19 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma queda de 1,05%, aos 125.864 pontos.

Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, com uma alta de 1,05%, cotado a R$ 5,90.

Mercado segue influência das quedas nas commodities e bolsas internacionais

O estrategista de ações da Genial Investimentos, Filipe Villegas, afirmou que o Brasil não está imune aos impactos das bolsas internacionais e que é provável que o país acompanhe a tendência de queda nos ativos globais.

No cenário local, as ações de empresas ligadas a commodities foram pressionadas. Com a queda de 3,36% no preço do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, as ações da Vale (VALE3) caíam 2%, refletindo a retração do principal cliente.

A Petrobras também viu suas ações (PETR4) recuarem 1,5%, acompanhando a queda do petróleo, que em Londres viu o Brent perder 2%.

EUA

As bolsas de Nova York continuam a registrar perdas expressivas nesta segunda-feira, refletindo o clima de aversão ao risco que domina os mercados globais.

Esse movimento de vendas é impulsionado pela expectativa de que o Federal Reserve poderá realizar até cinco cortes de 0,25 ponto na taxa de juros até o final do ano.

A decisão de Donald Trump de manter tarifas comerciais elevadas e de adotar uma postura rígida em relação ao comércio internacional tem alimentado o receio dos investidores, o que resultou em fuga dos ativos de risco.

Os bilionários de Wall Street Bill Ackman e Stanley Druckenmiller foram críticos ferozes das políticas tarifárias de Trump, enquanto o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, pediu uma resolução rápida para o impasse.

Michael Wilson, estrategista do Morgan Stanley, alertou que o S&P 500 pode continuar a cair se o mercado não ver uma diminuição da ansiedade em torno das tarifas.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: -0,78%

S&P 500: -0,13%

Nasdaq: -1,44%