Ibovespa fecha em alta puxado por clima no exterior; dólar cai

Com avanço de 1,38%, Ibovespa encerra aos 113 mil pontos

Com uma melhora no clima do exterior, o Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (17). Com isso, o principal índice da bolsa brasileira subiu 1,38%, aos 113.624 pontos. Já o dólar caiu 0,75%, a R$ 5,28.

“A bolsa brasileira seguiu em alta hoje, acompanhando o bom humor nas bolsas internacionais, que foi impulsionado pelo bom resultado do Bank of America, e das medidas de novo ministro britânico de finanças, que animaram os investidores em relação a um cenário mais confiável e de que os resultados das empresas podem vir melhores que o esperado”, explicou o analista Idean Alves, da Ação Brasil.

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), índice considerado a prévia do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, também foi divulgado nesta segunda-feira (17). O IBC-Br caiu 1,13% em agosto na comparação com julho, mais forte que a esperada pelo mercado (que projetava recuo de 0,5%, segundo o consenso Refinitiv) e interrompeu dois meses de crescimento. 

“O pregão de hoje representa um alívio para o Ibovespa, que teve uma última semana bastante volátil, e com um viés mais negativo, principalmente após a divulgação dos dados de inflação dos EUA, que vieram piores que o esperado. Hoje pode ser o sinal de uma recuperação mais forte para a reta final do mês de outubro e, querendo ou não, um ajuste de carteira visando o cenário eleitoral. Importante ter cuidado com a volatilidade”, explicou Alves.

Entre as maiores altas do Ibovespa, as aéreas se destacaram. CVC (CVCB3) subiu 9,34%. Azul (AZUL4) avançou 6,37%. Embraer (EMBR3) valorizou 6,67%. 

A Eletrobras (ELET3) e Locaweb (LWSA3) também fecharam entre os maiores ganhadores da sessão, com altas de 5,01% e 5,27%. 

Na contramão, as ações da MRV (MRVE3) caíram 11,32%, o maior perdedor da sessão, após a empresa reportar números operacionais abaixo do esperado, com queima de caixa de R$ 1,2 bilhão no período. No setor, Eztec (EZTC3) caiu 0,18%. Cyrela (CYRE3) teve avanço de 0,11%.

Ainda, a Fleury (FLRY3), que anunciou nesta segunda a aprovação de aumento de capital da empresa, caiu 3,03%, também entre destaques negativos.

Usiminas (USIM5) recuou 1,22%. No setor de mineração, ações foram na contramão. Vale (VALE3) subiu 1,35%. Gerdau (GGBR4) avançou 2,25%. CSN (CMIN3) teve alta de 0,3%.

Braskem (BRKM5) perdeu 2,81%, também entre destaques negativos. No setor de petróleo, Petrobras (PETR3;PETR4) caiu 0,65%, e 0,09%, puxada pelo petróleo Brent. PetroRio (PRIO3) avançou 0,93%. 3R Petroleum (RRRP3) e Petrorecôncavo (RECV3) fecharam em alta de, respectivamente, 0,80% e 2,46%. 

YDUQS (YDUQ3) fehcou também entre os maiores perdedores, recuando 1,22%. No setor de educação, Cogna (COGN3) subiu 0,32%.

No setor de frigoríficos, Minerva (BEEF3) virou para alta e subiu 3,33%. JBS (JBSS3) avançou 2,31%. BRF (BRFS3) valorizou 2,53%. Marfrig (MRFG3) teve alta de 3,91%.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) ficou no zero a zero. Via (VIIA3) subiu 2,65%. Americanas (AMER3) teve avanço de 1,26%. 

No exterior, Wall Street encerrou em alta, impulsionando o Ibovespa. Nasdaq avançou 1,70%, Dow Jones subiu 1,86%, S&P 500 valorizou 2,66%.