Ibovespa fecha em alta de olho em reforma tributária; dólar cai

O Ibovespa fechou esta quarta-feira (18) em alta, na contramão do exterior, o que para analistas foi uma reação à reforma tributária proposta pelo ministro Fernando Haddad (PT), além da reabertura da China, que impacta as commodities. Com isso, o principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,71%, aos 112 mil pontos. O dólar subiu 1,12%, a R$ 5,16. 

“Um dos fatores por trás da alta da Bolsa é que o mercado vê com bons olhos a possibilidade de reforma tributária proposta pelo ministro da Fazenda, o que contribui assim com a política de austeridade fiscal. Outro fator importante que temos que considerar é que o Brasil, por ser um país basicamente de commodities, vem se beneficiando com a reabertura do mercado chinês, impulsionando a alta nos preços do petróleo e minério de ferro”, explicou Rafael Scardua, sócio da Matriz Capital.

Com isso, 3R Petroleum (RRRP3) puxou os destaques positivos da sessão, com alta de 4,04%. PetroRio (PRIO3) e Petrorecôncavo (RECV3) subiram, respectivamente, 0,67% e 1,41%. 

Petrobras (PETR3;PETR4), por outro lado, perdeu 1,63% e 1,92%. Para o analista, a cotação da companhia foi impactada pela notícia de que a FUP e a Anapetro irão entrar com medidas judiciais para suspender o pagamento de dividendos. “Entendo que o fato gera instabilidade no mercado da petroleira e investidores com aversão a risco começam se desfazer do ativo”, apontou Scardua. 

CSN (CMIN3) ganhou 5,07%, entre as maiores altas do Ibovespa. No setor de mineração, Gerdau (GGBR4) teve alta de 3,06%. Vale (VALE3) subiu 1,42%. Usiminas (USIM5) avançou 2,39%. 

Também entre os maiores ganhadores, Eztec (EZTC3) subiu 3,82%. No setor de construção, MRV (MRVE3) e Cyrela (CYRE3) subiram 2,44% e 3,06%, respectivamente.