O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (02) com alta de 0,06%, aos 124.787,08 pontos. O dólar comercial subiu 0,22%, a R$ 5,66.
O Ibovespa seguiu em ritmo incerto, novamente sem notícias ou dados econômicos relevantes que puxassem a ponta positiva ou negativa com mais força. No entanto, o grande destaque da sessão foi o salto do dólar, que se aproximou dos R$ 5,70, mas desacelerou.
Devido às incertezas políticas e fiscais, o cenário do mercado financeiro brasileiro tem deteriorado, levando o real a uma desvalorização nõa vista desde janeiro de 2022.
“A insistente despreocupação do governo com o déficit fiscal faz com que os investidores sigam retirando a moeda estrangeira do país. Isso a torna mais escassa e, consequentemente, mais cara. Por isso, temos o dólar subindo”, avaliou Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, vou na direção totalmente contrária ao movimento mundial da moeda e caiu %, a US$ 105,69.
Desta vez, entre os papéis de peso, o apoio veio apenas com as ações ON da Petrobras (PETR3), enquanto a PETR4 caiu, junto com a Vale (VALE3).
Entre as maiores quedas do Ibovespa, observa-se a Cogna (COGN3), São Martinho (SMTO3) e CVC (CVCB3).
“A empresa de educação (COGN3) desvaloriza aprofundando a tendência de baixa observada desde o início do ano e devolvendo parte dos ganhos de sessões anteriores, em um movimento puramente técnico de realização de lucros considerando que não há novidades que alterem as perspectivas para o futuro da empresa”, disse Castro.
Entre as altas, a PetroReconcavo se destacou pelo movimento do dólar, segundo Castro, visto que é uma produtora de commodity.
“A Minerva (BEEF3), como exportadora de proteína, também se beneficia do movimento e também do imbróglio no comércio de carne entre a China e a União Europeia, o que deve aumentar a importação do país asiático de produção brasileira”, finalizou.
A PetroReconcavo (RECV3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 5,49%. Logo atrás, BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3) registraram altas de 2,56% e 2,39%, respectivamente.
Já na ponta negativa, CVC (CVCB3) liderou as perdas, caindo 7,69%. Em seguida, vieram Cogna (COGN3) e São Martinho (SMTO3), com perdas de 7,26% e 4,79%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) divergem
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,27% e recuaram 0,31%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 1,42%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,33%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 0,87%. Usiminas (USIM5) valorizou 1,27%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 1,30% e 0,34%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram em movimentos opostos com desvalorização 0,19% e valorização 0,55%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 0,25%. Diferente da Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 2,50%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 0,97%.
Índices do exterior fecharam sem dirção única
Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta terça-feira (2). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,86%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,30%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,43%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,62% e 0,84%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,41%.