Ibovespa fecha com forte queda seguindo exterior

O Ibovespa encerrou nesta sexta-feira (11) em forte queda de 1,72%, aos 111.713,07 pontos, seguindo o exterior e refletindo as tensões sobre maior parte dos investidores, que acompanham os desdobramentos da guerra entre Ucrânia e Rússia. Na semana, a bolsa recuou 2,5%.

O mesmo movimento seu deu também nas bolsas americanas. Até por volta das 17h, o Dow Jones, por exemplo, operava em alta, no entanto, o índice acabou fechando em baixa de 0,69%, aos 32.944 pontos. Enquanto isso, S&P 500 e Nasdaq caíram 1,30% e 2,18%, respectivamente, aos 4.204 e 12.843 pontos.

Ainda nos EUA, os investidores se posicionam de maneira cautelosa, esperando as decisões sobre política monetária do Federal Reserve na próxima semana. 

O petróleo nos EUA encerrou nesta sexta em alta de 3,12%, a US$ 109,33. Enquanto o WTI teve uma valorização de 3,05%, a US$ 112,67.

No radar interno, com a perspectiva de juros mais altos, e de um pior cenário macroeconômico, alguns setores foram mais afetados, como as empresas de tecnologia e construtoras.

As ações ordinárias da MRV registraram a pior queda do Ibovespa, recuando 11,89%, seguidas das da Méliuz, com menos 8,37%, e pelas da Marfrig, caindo 6,85%.

Ainda no Brasil, a Petrobras, Vale e bancos estiveram entre as que mais pressionaram o índice. Empresas do setor de telefonia e algumas exportadoras de commodities ficaram na ponta contrária.

A valorização no dia refletiu principalmente depois do resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, que foi acima do esperado e reforçou apostas de uma alta de juros de 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom, na semana que vem.

Dólar

O dólar fechou em alta 0,76%, a R$ 5,054. Na semana, a moeda norte-americana caiu 0,48%.

Maiores altas
VIVT3+1,16%
TIMS3+0,95%
KLBN11+0,87%
BEEF3+0,53%
SUZB3+0,41%

Maiores baixas
MRVE3-11,89%
CASH3-8,37%
MRFG3-6,85%
AMER3-6,82%
EZTC3-6,44%

Ibovespa pela tarde

Às 16h35 (horário de Brasília), o índice registrava queda de 0,46%, aos 113.138 pontos. O dólar subia 0,72%, cotado a R$ 5,051.

Às 14h47 (horário de Brasília), o benchmark recuava 0,24%, aos 113.388 pontos. A bolsa brasileira segue os mercado internacionais, que operam de forma mista em meio às preocupações do conflito entre Rússia e Ucrânia, o que traz volatilidade a ativos como o petróleo, que opera entre perdas e ganhos. O dólar subia 0,76%, cotado a R$ 5,053.

Índice ao meio-dia

Às 12h23 o Ibovespa reverte alta e cai 0,25%, aos 113.527 pontos. O indicador se deslocou do exterior, à medida que investidores repercutem a alta de 1,01% no Índice de Inflação ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro e alguns fracos resultados no balanço de empresas. O dólar avança 0,32%, cotado a R$ 5,0321.

Os papéis da construtora Tenda (TEND3) despencaram cerca de 19%, às 11h35, sendo cotado a R$ 9,83, liderando a desvalorização no período. A derrocada foi observada após a divulgação de seu balanço no quarto trimestre. A companhia apresentou um prejuízo líquido de R$ 268,5 milhões, revertendo o lucro de R$ 72 milhões reportado um ano antes.

Em Nova York, o índice Dow Jones avançou 0,85%, o S&P 500, 0,57%, já o Nasdaq teve alta de 0,40%.

Os maiores ganhos do Ibovespa foram para as ações da Cielo ON (CIEL3), com elevação de 0,07%; Telefônica Brasil ON (VIVT3), cresceu 1,47%; e Tim ON (TIMS3), aumentando 0,27%. Já entre as maiores perdas está o MRV ON (MRVE3), contração de 1,17%; Méliuz ON (CASH3), queda de 0,14%; e Eztec ON (EZTC3), recuo de 0,77%.

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), da B3 (Bolsa de Valores brasileira), opera com leve alta de 0,08% no início desta tarde.
 
Como foi a abertura da Bolsa?

O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira (11) com alta de 0,76%, aos 114.527 pontos. O avanço vem em meio a repercussão do reajuste dos preços da Petrobras e de balanços trimestrais de empresas, que são seguidos da alta do petróleo e da divulgação de dados da inflação. Dólar comercial cai 0,15%, a R$ 5,0085.

Em fevereiro, foi registrado um aumento de 1,01% na inflação ao consumidor brasileiro. Esse foi o maior resultado para o mês desde 2015.

Além disso, no cenário geopolítico, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que vê uma “mudança positiva”, mesmo com a última reunião não resultando numa solução para a guerra que ocorre no Leste-europeu.
 
Pré-abertura
Em um sentido semelhante ao observado na véspera, as principais bolsas mundiais operam em alta na manhã desta sexta-feira, exceto pelos mercados asiáticos, que fecharam a maior parte em queda. O movimento ocorre em meio a repercussão da alta inflação apresentada nos EUA.

Vale destacar que os desdobramentos da guerra no Leste-europeu e as inúmeras sanções econômicas impostas a Moscou elevaram a pressão sobre os preços que já estavam gerando preocupações para os formuladores de políticas do Banco Central Europeu (BCE). Com isso, a inflação reforçou as projeções para fortes aumentos na taxa de juros.