O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (8) próximo à estabilidade, com uma leve alta de 0,2%, aos 129,4 mil pontos. O dólar comercial subiu 0,47%, a R$ 5,09.
Durante a sessão, o Ibovespa operou próximo da estabilidade, com leves altas, e o mercado aguardava a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) sobre a Selic (taxa básica de juros).
O consenso do mercado é a expectativa de um corte de 0,25 p.p (ponto percentual), indo para 10,50% ao ano.
“Esse ritmo menor de queda veio após as incertezas no cenário externo se deteriorarem, como as questões relacionadas às decisões de juros do Fed e geopolíticas em alguns países produtores de petróleo”, comentou Ana Paula Carvalho, planejadora financeira e sócia da AVG Capital.
Ainda sobre o cenário nacional, o país tem apresentado uma atividade econômica aquecida, além de receio em relação ao “fiscal”, como disse Rodrigo Cohen, analista de investimentos e embaixador da XP Investimentos.
Na visão do analista, as preocupações são decorrentes dos maiores gastos do governo. Ele também menciona “a tragédia do RS que pode fazer com que tenhamos uma inflação mais alta”.
“Com todos esses fatores, o mercado vai ficar de olho no tom do comunicado e no que será dito em relação às próximas quedas de juros”, acrescentou Cohen.
No cenário internacional, o Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, anunciou a decisão de manter os juros altos. Além disso, no exterior, o minério registrou quedas, contribuindo para o recuo da Vale (VALE3).
Seguindo para o radar corporativo, outras empresas do setor de commodities também registraram quedas. No mesmo ritmo negativo, o GPA (PCAR3) se destacou no vermelho após a divulgação de seu balanço do primeiro trimestre de 2024. A companhia apresentou um prejuízo de R$ 660 milhões.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) fecham em sentidos opostos
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 1,11% e 1,53%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 1,34%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento negativo foi puxado pela Vale (VALE3) que caiu 0,91%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 0,73%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,62%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em alta de 0,64% e 0,39%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram em movimentos opostos, com valorização de 0,22% e desvalorização de 0,81%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,48%. Diferente da Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) ficaram equilibradas em 0,00%. Casas Bahia (BHIA3) recuou 1,00%.
A BRF (BRFS3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 11,17%. Logo atrás, Marfrig (MRFG3) e Lojas Renner (LREN3) registraram altas de 10,96% e 5,77%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Pão de Açúcar (PCAR3) liderou as perdas, caindo 5,88%. Em seguida, vieram Petz (PETZ3) e Telefônica Brasil (VIVT3), com perdas de 5,24% e 5,62%.
Índices do exterior fecharam em alta
Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta quarta-feira. O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,26%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,69%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,33%. Em Wall Street, o índice S&P 500 avançou e,13%, enquanto o Nasdaq recuou 0,10%. Já o Dow Jones avançou 0,80%.