O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (18) com alta de 0,02%, aos 124.196,18 pontos. O dólar comercial subiu 0,12%, a R$ 5,25.
Com oscilações durante o pregão, o Ibovespa conseguiu, na reta final, manter os poucos ganhos do dia. A carga negativa, que tem puxado o índice durante toda a semana, se explica por uma série de fatores econômicos. Os dados inflacionários dos EUA, a questão fiscal no Brasil e o recuo nas Bolsas externas influenciaram a perspectiva sobre os ativos da B3.
“Na minha visão, os dados de inflação e da atividade dos EUA ainda demonstram sinais de força e, com isso, algumas casas já indicam que é possível que sequer haja corte de juros nos EUA neste ano”, disse Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital.
No mercado brasileiro, as declarações mais recentes de Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central). O executivo alegou que, devidos às incertezas globais, toda projeção do Copom (Comitê de Política Monetária) pode ser alterada se as condições apresentrem mudanças, explicou Leandro Ormond, analista da Aware Investments.
“Além disso, esse cenário de incertezas combinado com as recentes declarações de Campos Neto, fez com que o mercado praticamente encerrasse as apostas de ter um corte de 0,5% na próxima reunião do Copom, algo que era amplamente esperado há algumas semanas”, avaliou Ormond.
“Atrelado a tudo isso, entra a questão fiscal brasileira. Uma taxa de juro real maior do que a projetada anteriormente gerará maiores custos da dívida brasileira e, paralelamente a isso, vemos despesas governamentais aumentarem”, concluiu Cardozo.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) se opõem
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuou 0,24% e avançou 0,18%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 1,05%.
Notícias Relacionadas
Última reunião do Fed
Ibovespa terá agenda econômica cheia, com destaque para os EUA
Mesmo com os feriados nos EUA, a agenda econômica norte-americana e brasileira, mais recheada, promete ditar o tom do Ibovespa
Proventos
Banco do Brasil (BBAS3) aprova R$ 1 bilhão em JCP
O pagamento do JCP do Banco do Brasil ocorrerá em 27 de dezembro de 2024, tendo como base a posição acionária de 11 de dezembro
Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento positivo foi puxado pela Vale (VALE3) que subiu 0,37%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 0,06%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,20%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram mistos com alta de 0,13% e baixa 0,36%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) fecharam com desvalorização de 0,43% e de 0,64%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,32%. Diferente da Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 1,89%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 4,17%.
O Assaí (ASAI3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 2,65%. Logo atrás, Totvs (TOTS3) e Localiza (RENT3) registraram altas de 2,47% e 1,82%, respectivamente.
Já na ponta negativa, CVC (CVCB3) liderou as perdas, caindo 4,26%. Em seguida, vieram Casas Bahia (BHIA3) e Azul (AZUL4), com perdas de 4,17% e 3,82%.
Índices do exterior fecharam mistos
Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta quinta-feira (18). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,28%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,52%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,32%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,22% e 0,52%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,07%.
