O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (15) com alta de 0,63%, aos 134.153,42 pontos. O dólar comercial subiu 0,27%, a R$ 5,48.
Com apoio de uma convergência de fatores positivos, o Ibovespa alcançou sua máxima histórica neste pregão, aos 134,5 mil pontos, mas arrefeceu ao longo da operação. O índice estendeu a marca de encerramento recorde deste ano, que havia atingido no pregão da véspera, quanto fechou na casa dos 133.265,98 pontos.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, seguiu o mesmo caminho, com alta de 0,44%.
As Bolsas internacionais vivem um bom momento com as perspectivas de política econômica nos EUA, enquanto, no Brasil, balanços positivos, commodities e bancos derão mais gás aos aportes na B3.
No cenário norte-americano, o CPI (índice de preços ao consumidor) divulgado na quarta-feira (14) mostrou crescimento de 0,2% em julho, queda de 1% contra junho, ao passo que, no período de 12 meses, a inflação desacelerou de 3,0% para 2,9%.
Os números consolidam a perspectiva de que o Fed (Federal Reserve) cortará a taxa de juros do país em setembro, o que favorece o Brasil.
“Esse cenário macroeconômico externo positivo, com a desaceleração do CPI cheio para 2,9% em julho e a estabilidade do núcleo em 3,2%, contribuiu para a queda nos rendimentos dos Treasuries de médio e longo prazos e para a valorização dos índices de Nova York, enquanto o dólar permaneceu estável”, disse Gabriel Carris, analista da Aware Investments.
Voltando ao quadro nacional, o Iboveespa angariou forças com a Petrobras (PETR3;PETR4) que novamente seguiu em alta, desta vez por conta do avanço acima de 1% nos preços internacionais do petróleo.
O setor financeiro, com os grandes bancos tradionais, operaram com altas bem consolidadas na sessão, depois dos bons resultados trimestrais apresentados anteriormente.
“No Brasil, a continuidade de um cenário benigno, reforçado por resultados positivos na temporada de balanços, como Cemig, BRF e Localiza, tem mantido a confiança dos investidores”, afirmou Carris.
Ainda no radar corporativo, as Lojas Americanas (AMER3) reportou seu primeiro relatório operacional, com números consolidados de 2023, na quarta-feira, e mostrou um prejuízo na casa de R$ 2,3 bilhões, após a fraude contábil que a levou ao processo de recuperação judicial com uma dívida de R$ 23 bilhões.
Com isso, os investidores venderam as ações em peso, o que levou o papel ondinário a queda de superior a 50%, cotado a R$ 0,14.
A IRB (IRBR3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 30,66%. Logo atrás, Alpagartas (ALPA4) e Magalu (MGLU3) registraram altas de 4,83% e 4,32%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Petz (PETZ3) liderou as perdas, caindo 9,69%. Em seguida, vieram Natura (NTCO3) e Cemig (CMIG4), com perdas de 5,76% e 3,84%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) valorizam
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 1,02% e 1,54%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 1,37%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,41%. Gerdau (GGBR4) equilibrou em 0,00%. Usiminas (USIM5) valorizou 1,48%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 1,59% e 0,79%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 1,00% e desvalorização 0,37%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 4,32%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram fortemente 57,58%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 4,71%.
Índices do exterior fecharam em alta
Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta quinta-feira (15). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 1,75%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 1,23%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1,15%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 1,61% e 2,34%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 1,39%.