Exterior dividido

Ibovespa fecha com queda ampla junto com Wall Street; dólar dispara

O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (10) com  queda de 1,13%, aos 126.354,75 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,89

Ibovespa/Foto:CanvaPro
Ibovespa/Foto:CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (10) com  queda de 1,13%, aos 126.354,75 pontos. O dólar comercial subiu 0,92%, a R$ 5,89.

Diferente do “boom” vivido nas últimas horas do pregão da véspera, desta vez o Ibovespa e as Bolsas externas não conseguiram segurar os ganhos, com a Casa Branca elevando ainda mais as tarifas sobre a China e dados econômicos no radar.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com queda de  1,77%, a US$ 101,08.

No exterior, as tarifas sobre produtos importados aos EUA da China chegaram a 145%, somando as taxas de 125% impostas após a retaliação de 84% do país chinês, e também as tarifas de 20% impostas antes do anúncio das “tarifas recíprocas”, na quarta feira (2).

Por conta do cenário extremamente volátil, abalado com as incertezas quanto aos efeitos que essa guerra comercial pode causar à economia mundial, os índices acionários dos EUA engataram quedas ainda maiores que o Ibovespa. 

Além disso, a agenda teve a divulgação de novos dados da inflação norte-americana, bem como do setor de serviços no Brasil.

A CPI (inflação ao consumidor) surpreendeu em março, com o registrou de deflação de 0,1%, revertendo a alta de 0,2% observada em fevereiro. O resultado levou o índice anualizado de inflação a 2,4%. O mercado tinha projeções de um aumento de 0,1%.

Em reflexo, as expectativas de que o Fed (Federal Reserve) deve retomar com os cortes nas taxas de juros dos EUA em junho se fortaleceram nesta quinta-feira (10). A projeção é que o Banco Central dos EUA reduza em 1 ponto percentual sua taxa de juros até o final do ano.

Os investidores também digeriram os dados semanais dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, que na semana encerrada em 5 de abril, aumentaram em 4.000, para 223.000 em dado com ajuste sazonal. 

Já no Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), que revelou um avanço de 0,8% no volume de serviços prestados em fevereiro. Com o resultado, o setor teve uma alta de 16,2% na comparação a níveis pré pandemia.

No radar corporativo, os juros futuros avançaram e levaram as ações mais sensíveis à queda, a exemplo da Casas Bahia (BHIA3) e Americanas (AMER3), enquanto a Magalu (MGLU3) esteve entre as maiores altas do Ibovespa.

Além disso, as petrolíferas tiveram uma sessão de fortes perdas, ao passo que das mineradoras apenas a Vale (VALE3) se salvou.

A  LWSA (LWSA3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 4,58%. Logo atrás, Magalu (MGLU3) e Automob (AMOB3) registraram altas de 4,50% e 4,17%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Prio (PRIO3) liderou as perdas, caindo 8,13%. Em seguida, vieram  Brava (BRAV3) e Petrobras ON (PETR3), com perdas de 6,82% e 6,49%.

Altas e Baixas do Ibovespa: bancos tradicionais recuam

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 6,49% e 6,22%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 8,13%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 1,79%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 3,07%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 2,56%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixa de 0,41% e 0,68%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 0,16% e 1,50%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu %. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 0,86%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 5,22%.

Índices do exterior fecharam opostos

Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta quinta-feira (10). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 4,53%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 3,83%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 3,70%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 3,46% e 4,31%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 2,50%.