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Ibovespa fecha com valorização forte; dólar cai

O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (27) com valorização de 1,61%, aos 131.689,37 pontos; o dólar caiu, cotado a R$ 4,93

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (27) com valorização 1,61%, aos 131.689,37 pontos. O dólar comercial caiu 0,98%, a R$ 4,93.

O avanço durante o dia foi consistente. O Ibovespa renovou sua máxima algumas vezes, chegando a subir 1,59%, aos 131.674,34 pontos, por volta das 16h (horário de Brasília). O fator que influenciou os ganhos, no Brasil, foi a divulgação dos dados do IPCA-15 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). O índice é um prévia da inflação oficial do País e demonstrou aceleração em fevereiro, com um aumento de 0,78%, comparado a janeiro.

Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, comentou com o BP Money que “os ganhos foram generalizados, puxados pelo driver macro com o IPCA-15 abaixo do esperado, que fortalece a perspectiva de continuidade da queda dos juros, aliado por notícias corporativas isoladas que impulsionaram ações como Pão de Açúcar e BRF”.

Do lado contrário, o dólar atingiu sua mínima diária, com queda de 1,05%, a R$ 4,92. Nishimura afirma que a valorização do real seguiu seus pares no mercado emergente. “Enquanto o índice da moeda (DXY) operou de lado, sustentado pelo movimento de risk on que pode reverter o fluxo anterior de saída dos estrangeiros”, analisa.

Um setor que se viu beneficiado pelos números do IPCA-15 foi o varejo. As ações das principais varejistas operaram em alta no decorrer do dia, com o Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR3) liderando os ganhos do Ibovespa no dia, após vários recuos consecutivos, em decorrência do balanço do 4T23, abaixo do esperado.

Ganhos generalizados do Ibovespa excluem Petrobras (PETR4)

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,25% e 0,14%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 1,00%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas a correção do preço do minério de ferro na Bolsa de Singapura, como explica Nishimura, levou as ações positivamente. A Vale (VALE3) subiu 2,63%, a Gerdau (GGBR4) e a Usiminas (USIM5) tiveram altas de 2,12% e 1,59%, respectivamente.

Nishimura acrescenta que o minério de ferro foi “apoiado por esperanças de recuperação da demanda na China e por um possível imposto de exportação sobre o minério de ferro indiano de baixa qualidade”.

O setor bancário também seguiu a onda de valorização entre os papéis do Ibovespa. O Itaú (ITUB4) e o Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 1,22% e 1,21%, respectivamente. Já o Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) tiveram aumentos de 1,59% e valorização 2,08%, em sequência.

Conforme foi citado, todas as principais varejistas valorizaram neste pregão. A Magazine Luiza (MGLU3) subiu a 4,27%, enquanto as ações das Lojas Americanas (AMER3) elevaram 2,00%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 5,40%.

A GPA (PCAR3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 12,57%. Logo atrás, BRF SA (BRFS3) e o Dexco (DXCO3) registraram altas de 8,14% e 7,65%, respectivamente.

No caso do GPA, além do IPCA-15, outra notícia que ajudou as ações, que vinham caíndo em sequeência após a divulgação dos prejuízos trimestrais em 2023, foi a reestruturação de seu acionista controlador, o Grupo Casino.

Já na ponta negativa, Petrorio (PRIO3) liderou as perdas, caindo 1,00%. Em seguida, vieram Totvs (TOTS3) e Sabesp (SBSP3) , com perdas de 0,82% e 0,77%.

Índices do exterior fecharam mistos

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta terça-feira (27). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,75%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,23%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 também subiu 0,23%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,17% e 0,37%, respectivamente. Do outro lado, a Dow Jones recuou 0,25%.