Ibovespa fecha desvalorizado com exterior e 'novo Covid'; dólar sobe

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (21) com baixa de 0,37% aos 127.128,06 pontos. O dólar comercial subiu 0,46%, a R$ 5,73.

Para finalizar a semana de agenda esvaziada, o Ibovespa reverteu os ganhos da sessão de véspera, com atenção voltada ao quadro econômico, após novas declarações do ministro Fernando Haddad (PT) sobre o orçamento. Além disso, o surgimento de um possível “novo coronavírus” piorou o desempenho aqui e no exterior.

No caso do “novo Covid”, pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, descobriram um outro vírus, semelhante ao causador da Covid-19, com potencial para causar uma nova pandemia, segundo informações divulgadas pelo veículo britânico “Daily Mail”.

Semelhante ao SARS-CoV-2, vírus que causou uma pandemia entre 2020 e 2022, o HKU5-CoV-2 levantou preocupações de que a história poderia se repetir. Porém, esse novo vírus foi detectado apenas em morcegos, sendo necessário investigar ainda se ele é transmissível a humanos.

A notícia foi o suficiente para gerar uma fuga dos ativos de risco nos mercados globais e impulsionou também a alta do dólar.

Já sobre a influência de Haddad, o político afirmou, em entrevista ao ICL Notícias, que  um orçamento equilibrado é uma condição para o desenvolvimento sustentável de um país e para inflação e juros mais baixos.

Ele apontou que o governo federal acredita em uma redução nos preços nos País ao passo que o dólar está recuando e as safras principais podem ter uma melhora.

Haddad comentou ainda sobre um questão de suma importância para o mercado financeiro: a insenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Segundo ele, o desafio do governo não vai ser isentar o IR, mas sim compensar com aqueles que não pagam.

Outras linhas que influenciaram o Ibovespa foram as taxas de juros futuras, que recuaram, acompanhando as Treasuries dos EUA. Os índices caíram em reflexo a novos dados econômicos que foram divulgados nos EUA. 

A S&P Global informou que o PMI ((índice de gerentes de compras) de serviços do país, caiu de 52,7 para 49,7 entre janeiro e fevereiro. Esse é o menor patamar em 25 meses, contrariando previsões de analistas consultados pela FactSet, de avanço para 53,0.