O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (1º) com alta de 0,51%, aos 132.495,16 pontos. O dólar comercial subiu 0,31%, a R$ 5,46.
Em um dia agitado no Oriente Médio, com um ataque do Irã à Israel, as commodities mexeram com o Ibovespa. Enquanto isso, no Brasil, o mercado acompanhou com atenção o discurso de Roberto Campos Neto sobre a política monetária durante o evento Crescera Capital.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também avançou 0,43%, a US$ 101,21.
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4), que exercem peso relevante sobre o Ibovespa, foram impulsionadas pelo conflito no Oriente Médio. Segundo o exército israelense, o Irã lançou mísseis em direção a Israel.
O jornal “The New York Times” relatou que dois oficiais iranianos, que pediram para não serem identificados, afirmaram que o Irã disparou mais de 100 mísseis balísticos durante o ataque.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, afirmou que o ataque “parece ter terminado”, mas que o país segue de prontidão. Com esse temor geopolítico, os preços internacionais do petróleo saltaram mais de 2%.
“Ao que tudo indica, na minha visão, as commodities devem continuar fazendo preço na bolsa brasileira”, disse Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais.
Quanto ao quadro doméstico, Campos Neto afirmou que o Brasil precisará de algum programa que gere a percepção de um choque fiscal positivo se quiser conviver com juros mais baixos.
O presidente do BC (Banco Central) também disse que optar por juros “artificialmente mais baixos” sem ter uma âncora para as contas públicas equivale a fazer um ajuste via aumento de inflação no médio prazo, voltando a defender harmonia entre as políticas fiscal e monetária.
“Por isso arrumar o fiscal é e será cada vez mais importante do ponto de vista conjuntural e estrutural, pois a conta de usar o cheque especial das contas públicas está ficando cada vez mais caro para a população e para os investidores”, comentou Alves.
O destaque positivo do Ibovespa, foi a MRV (MRVE3), beneficiada pela curva de juros e pela a elevação de recomendação por parte do BofA (Bank of America) como a preferida do setor de construção para a baixa renda.
A MRV (MRVE3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 4,56%. Logo atrás, Ambev (ABEV3) e CSN Mineração (CMIN3) registraram altas de 3,98% e 3,62%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Assai (ASAI3) liderou as perdas, caindo 4,69%. Em seguida, vieram Azul (AZUL4) e Vamos (VAMO3), com perdas de 4,65% e 2,72%.
Altas e Baixas do Ibovespa: mineradoras também avançam
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 2,67% e 2,67%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 2,15%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,49%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 0,16%. Usiminas (USIM5) equilibrou em 0,00%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixas de 1,65% e 0,37%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 1,09% e 0,60%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 0,21%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 2,80%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 6,88%.
Índices do exterior fecharam em baixa
Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativo nesta terça-feira (1º). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,64%, enquanto o CAC 40, de Paris, caiu 0,81%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,44%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,93% e 1,53%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,41%.