Foto: Ibovespa/CanvaPro
Foto: Ibovespa/CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, alcançou um novo recorde histórico ao encerrar o pregão acima dos 148 mil pontos pela primeira vez, enquanto o dólar registrou uma leve queda em relação ao real nesta quarta-feira (29).

O índice fechou a sessão desta quarta-feira (29) com alta de 0,82%, aos 148.632,93 pontos. O dólar comercial desceu 0,03 %, a R$ 5,35

O principal fato que mobilizou os mercados de hoje foi a decisão sobre os juros nos EUA em meio ao apagão de dados causado pelo shutdown – que já dura 28 dias. O Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) decidiu cortar 0,25 ponto percentual das taxas novamente.

durante a coletiva após a divulgação dos dados, o atual chair do banco central norte-americano, Jerome Powell, afirmou que ainda não há definição sobre um possível corte de juros na reunião de dezembro, mesmo com o mercado projetando uma redução adicional de 0,25 ponto percentual.

Para Bruno Corano, economista e gestor da Corano Capital, “ao optar por mais um corte, o Fed demonstra confiança de que o ciclo inflacionário está sob controle, mas mantém a porta aberta para uma pausa temporária, caso os próximos dados indiquem nova pressão de preços”, analisou. “Como destacou recentemente o próprio presidente Jerome Powell, “cortar rápido demais pode reacender a inflação; agir tarde demais pode frear excessivamente a economia”.

Pela manhã, ainda no aguardo de um corte feito pelo Fed, o Ibovespa bateu pela primeira vez os 148 mil pontos, nova máxima intradiária. Para o JPMorgan, existe uma grande possibilidade de que a comemoração de recordes se repita até o fim do ano.

O dólar oscilou entre R$5,367 e R$5,334. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com alta de 0,44%, aos 99,17 pontos.

Maiores altas e maiores quedas do índice: PCAR3 e MBRF3

O pregão da B3 fechou com o GPA (PCAR3) liderando as maiores altas, com aumento de 5,63%. A empresa é seguida pela Hypera (HYPE3), com alta de 4,84%. A terceira foi a Gerdau (GGBR4), com crescimento de 4,28% e a lista verde fecha com Metalúrgica Gerdau (GOAU4), alta de 4,05%.

A lista vermelha é encabeçada pela MBRF (MBRF3), com recuo de 7,84%. A empresa é seguida pela Auren Energia (AURE3), recuo de 2,99% . Minerva (BEEF3) fechou com recuo de 2,96% e a lista fecha com a Vamos (VAMO3), queda de 1,83%

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) recuaram 0,19%, enquanto as preferenciais (PETR4) registraram alta de 0,10%. A Prio (PRIO3) desvalorizou 1,18% e a PetroRecôncavo (RECV3) caiu 1,35%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) avançou 1,82%. A Gerdau (GGBR4) cresceu 4,28%, a Usiminas (USIM5) caiu 0,73% e a CSN Mineração (CMIN3) registrou uma valorização de 0,67%.

No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) e o Itaú (ITUB4) fecharam com alta de 3,36% e 2,23%, respectivamente. Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,24%. Bradesco (BBDC4) anotou alta de 3,23%, enquanto o Santander (SANB11) subiu 1,60%.

Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,50%, a Lojas Renner (LREN3) fechou com uma alta de 0,34%. A Vivara (VIVA3) teve queda de 0,92%, enquanto a C&A (CEAB3) avançou 2,02%.

Índices dos EUA

Os principais índices de Wall Street renovaram suas máximas históricas nesta quarta-feira, impulsionados pela valorização da Nvidia, que se tornou a primeira companhia a superar a marca de US$ 5 trilhões em valor de mercado.

O movimento ocorre em meio à expectativa dos investidores por um possível corte de juros pelo Federal Reserve e à divulgação dos balanços das grandes empresas de tecnologia.

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. O índice S&P 500 não teve variação, enquanto o Nasdaq avançou 0,55%. Dow Jones também caiu 0,15%.