Ibovespa
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O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (24) com alta de 0,31%, aos 146.172 pontos, impulsionado pela divulgação dos dados inflacionários do Brasil e dos EUA. No Brasil, o IBGE divulgou que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) subiu 0,18% em outubro. Nos EUA, o CPI (índice de preços ao consumidor) avançou 0,3% na passagem de agosto para setembro.

Os dados vieram abaixo das projeções dos agentes do mercado, o que impulsionou o otimismo em torno de cortes na taxa de juros americana por parte do Fed (Federal Reserve). O mercado esperava um avanço de 0,4%, portanto o resultado veio levemente abaixo do previsto.

No cenário doméstico, o número veio abaixo da mediana projetada por agentes do mercado, que apontavam para uma alta na faixa de 0,24%. Segundo Nicolas Gass, head de alocação de investimentos e sócio da GT Capital, o Banco Central deve iniciar o ciclo de cortes nas taxas de juros no primeiro trimestre de 2026.

“Na minha visão, o Banco Central não deve alterar a perspectiva do primeiro corte de juros que, por enquanto, deve acontecer no primeiro trimestre do ano que vem. A princípio, o mercado projeta para que um corte continue majoritariamente agora em janeiro ou eventualmente possa se postergar, mas ainda ocorrendo no primeiro trimestre de 2026”, disse.

Na véspera, o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, falou que a inflação acima da meta ainda causa bastante incômodo, reforçando que os juros de 15% vão ficar por um bom período de tempo.

Setor de siderurgia e mineração do principal índice acionário brasileiro despenca no pregão, com a Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) caindo 1,41% e 1,03%, respectivamente.

A Usiminas registrou um prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre, contornando lucro de R$ 184,6 milhões no mesmo período do ano passado. 7

Em relação ao câmbio, o dólar comercial fechou com leve estabilidade, subindo 0,11%, cotado a R$ 5,392. A moeda americana oscilou entre R$ 5, 365 e R$ 392. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, acompanhou a estabilidade, mas fechou com queda de 0,04%, aos 98,878 pontos.

Maiores altas e quedas do pregão

O pregão da B3 fechou com a CVC (CVCB3) liderando as maiores altas, com aumento de 5,29% no valor dos papéis. Em seguida, aparece a Eneva (ENEV3), com alta de 4,25%. A lista verde se encerra com a Hypera (HYPE3) e IRB (Re) (IRBR3) avançando, respectivamente, 3,18% e 2,83%.

O campo negativo é encabeçado pela Brava Energia (BRAV3), com recuo de 2,76%. A Cosan (CSAN3) surge na segunda posição e cai 2,60%. A Auren Energia (AURE3) e a MBRF (MBRF3) fecharam a lista vermelha com uma queda de 1,72% e 1,51%, respectivamente.

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 0,72% e 1,16%, respectivamente. A PetroRecôncavo (RECV3) decaiu 1,03%, enquanto a Prio (PRIO3) subiu 0,52% no dia.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) teve leve queda de 0,04%, a Gerdau (GGBR4) subiu 0,11%, a Usiminas (USIM5) caiu 0,60% e a CSN Mineração (CMIN3) avançou 0,35%.

No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) e o Bradesco (BBDC4) fecharam com alta de 0,78% e 0,56%, respectivamente. Santander (SANB11) registrou um forte avanço de 1,50%. Enquanto o Itaú (ITUB4) e o Banco do Brasil (BBAS3) caíram 0,13% e 0,63%, respectivamente.

Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) avançou 2,67%, a Lojas Renner (LREN3) teve leve queda de 0,13%, a Vivara (VIVA3) subiu 1,86% e a C&A (CEAB3) caiu 0,30%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,79% e 1,15%, respectivamente. O índice Dow Jones também subiu 1,01%.