Contrário ao exterior

Ibovespa fecha em alta com esperança em Haddad; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (14) com alta de 0,08%, aos 119.662,38 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,38.

Foto: Unplash / Ibovespa
Foto: Unplash / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (14) com alta de 0,08%, aos 119.662,38 pontos. O dólar comercial subiu 0,28%, a R$ 5,38.

Ainda acompanhando o desenrolar no cenário político, o Ibovespa operou com oscilações, conforme o ânimo e a confiança do mercado com o risco fiscal do Brasil indicavam leve melhora. A razão são as declarações de Fernando Haddad (PT) sobre o controle de gastos públicos.

Segundo o ministro da Fazenda, a equipe econômica do governo tem intensificado os trabalhos na revisão de gastos. Isto para apresentar o Orçamento de 2025 estruturalmente “bem montado” e que ele passe “tranquilidade” sobre as questões fiscais nacionais.

“Se Haddad continuar dando declarações parecidas sobre controlar os gastos, consigo enxergar um cenário mais otimista aí para a nossa Bolsa”, disse Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

Além disso, dados da economia doméstica seguem no radar. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) teve leve alta de 0,01% em abril, o que significa uma recuperação modesta após a queda de 0,34% em março.

“O dado não foi bom, na minha opinião, isso mostra que o PIB do ano passado foi um pouco mais inflado pelo agronegócio, o que já não acontece nesse ano”, afirmou Cohen.

“Falas mais duras do Fed sobre, possivelmente, a inflação não atingir a meta de 2% antes de 2026 azedaram o humor das bolsas lá fora, o que refletiu no nosso Ibovespa”, avaliou.

A Vamos (VAMO3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 5,94%. Logo atrás, CVC (CVCB3) e MRV (MRVE3) registraram altas de 4,15% e 3,63%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Embraer (EMBR3) liderou as perdas, caindo 5,35%. Em seguida, vieram CSN Mineração (CMIN3) e Petrobras PN (PETR4), com perdas de 2,20% e 2,20%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) desvalorizam

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 1,05% e 2,20%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 0,36%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,35%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,90%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,28%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixas de 0,10% e 0,36%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também seguiram com valorização de 1,02% e 0,30%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,96%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 2,56%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 1,17%.

Dólar: política brasileira alavancou a moeda

A semana também foi agitada para o câmbio. O receio com o risco fiscal no País levou a desvalorização do real a cotações não atingidas há 1 ano.

“Ao longo da semana, o dólar acumulou ganhos contínuos frente ao real, diante das preocupações do mercado com a política fiscal, exacerbadas por derrotas do governo no Congresso, declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dúvidas sobre a permanência de Fernando Haddad como ministro da Fazenda”, disse Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank.

Especificamente para o índice da moeda norte-americana, o Gráfico DXY, apesar de permanecer em um patamar alto, o ritmo do avanço retraiu pela tarde.

“Quanto mais o Federal Reserve dos EUA reduzir os juros, menor será o apelo do dólar, que se torna menos atraente em comparação quando os rendimentos dos títulos dos Treasuries diminuem”, apontou ele.

Índices do exterior fecharam em alta/baixa

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta sexta-feira (14). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 1,42%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 2,66%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,96%. Em Wall Street, os índices S&P 500 recuou 0,04% e Nasdaq avançou 0,12%. Já o Dow Jones caiu 0,15%.