6ª alta consecutiva

Ibovespa fecha em alta com exterior e balanços financeiros; dólar cai

O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (13) com alta de 0,98%, aos 132.397,97 pontos; o dólar caiu, a R$  5,44.

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (13) com alta de 0,98%, aos 132.397,97 pontos. O dólar comercial caiu 0,84%, a R$  5,44.

O Ibovespa chegou a um patamar de pontuação que não alcançava desde janeiro deste ano, consagrando a 6ª alta consecutiva, isto por conta do ânimo causado por alguns resultados trimestrais, além de perspectivas sobre política monetária brasileira.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também não sustentou uma alta nesta sessão, caindo 0,53%, a US$ 102,60, no aguardo do CPI (indice de preços ao consumidor) que será divulgado na quarta-feira (14).

No radar corporativo, as principais altas e baixas do Ibovespa foram puxadas pela interpretação dos investidores sobre os números operacionais das companhias. Nesta sessão, a CSN Mineração (CMIN3) reportou um salto no lucro líquido, que chegou a R$ 1,507 bilhão.

No lado contrário, a Natura &CO (NTCO3) reportou um prejuízo líquido de de R$ 858,9 milhões no segundo trimestre de 2024, o que fez as ações desabarem.

Além disso, mais uma recuperação judicial surgiu no quadro empresarial, com a Avon Products, subsidiária da Natura, pedindo Chapter 11 nos EUA.

“Mais do que olhar para um número, cada vez mais os investidores olham para o “potencial”. Às vezes, um resultado não tão bom em um trimestre não significa que a empresa não terá um bom desempenho dentro do ano ou nos próximos anos, e os investidores estão lidando melhor com esses dados”, disse Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital.

“Por outro lado, esse maior entendimento dos motivos dos resultados das empresas acaba punindo outras que não conseguiram transmitir aos investidores essa credibilidade no futuro. É o caso de NTCO3, COGN3 e YDUQ3, que estão entre as maiores quedas do Ibovespa nesta terça-feira”, continuou.

Na parte econômica, o Copom (Comitê de Política Monetária) tem ditado um tom mais duro com relação ao caminho da Selic (taxa básica de juros), visando a inflação, que segue longe da meta estabelecida pelo BC (Banco Central).

“O Banco Central continua firme em sua missão de manter a inflação dentro da meta e sinaliza que não descarta até mesmo um aumento na taxa de juros em algum momento. Isso traz maior credibilidade para o Brasil no que diz respeito à questão monetária”, indicou Silva.

A CSN Mineração (CMIN3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 6,29%. Logo atrás, IRB Brasil (IRBR3) e CSN (CSNA3) registraram altas de 5,88% e 4,37%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Natura (NTCO3) liderou as perdas, caindo 8,85%. Em seguida, vieram  Petz (PETZ3) e Yduqs (YDUQ3), com perdas de 4,29% e 4,07%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Bancos tradicionais ancoram alta do índice

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,52% e 0,62%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 1,09%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,44%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,51%. Usiminas (USIM5) valorizou 3,14%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com altas de 2,83% e 1,29%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 1,22% e 1,17%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,63%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 8,70%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 3,90%.

Índices do exterior fecharam em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta terça-feira (13). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,54%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,35%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,52%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 1,68% e 2,43%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 1,08%.