
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, alcançou o maior nível intradiário da história, aos 144.012 pontos, nesta quinta-feira (11). Todavia, acabou perdendo fôlego durante o dia, mas ainda fechou com alta de 0,56%, aos 143.150,84 pontos. O dólar comercial caiu 0,27% e terminou cotado a R$ 5,391.
Na tarde desta quinta, com o voto da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por cinco crimes.
Ainda durante a tarde, houve a divulgação da nova pesquisa do Datafolha, que registrou uma melhora na aprovação do governo Lula (PT), atingindo 33%, se aproximando da taxa de 38% de reprovação. Outros 28% acham a gestão do petista regular.
Pela manhã, foram divulgados a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do mês de julho. No cenário americano, os dados de CPI (Inflação ao Consumidor), referente ao mês de agosto também foram anunciados.
Em relação ao varejo, houve um recuo de 0,3% no conceito restrito, vindo igual à mediana das expectativas. No entanto, o varejo ampliado apresentou alta de 1,3%, superando os 0,8% de mediana. O CPI, porém, subiu 0,4% em agosto ante mediana positiva de 0,3% das previsões.
Para Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, “o CPI indica uma pressão inflacionária maior do que a desejada, mas não o suficiente para inviabilizar cortes, já que o núcleo da inflação permanece controlado”, afirmou.
Segundo o especialista, essa expectativa de juros mais baixos nos EUA é um dos fatores que ajudaram o Ibovespa a alcançar novo recorde intradiário.
Já para Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad, disse que “apesar do CPI ter vindo misto, há indicadores mais fortes para uma desaceleração, sobretudo um salto nos pedidos de seguro-desemprego que alcançou maior nível desde 2021. Isso traz a percepção de que o Fed precisará agir para estimular a economia”, conclui.
O dólar oscilou entre R$ 5,410 e R$ 5,391. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou em queda de 0,29%, aos 97,519 pontos.
Maiores altas e maiores quedas
O pregão da B3 fechou com o Magazine Luiza (MGLU3) liderando as maiores altas, com aumento de 8,11% no valor dos papéis, em seguida aparece a Vivara (VIVA3), com alta de 4,99%. A Cyrela (CYRE3) ocupa a terceira colocação, subindo 4,91% e a lista fecha com a Localiza (RENT3), avançando 3,62%.
Já na ponta negativa, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) fechou com queda de 5,39%. A Caixa Seguridade aparece em segundo lugar, com declínio de 2,46%. Em seguida, vieram a Totvs (TOTS3) e a WEG (WEGE3) com uma queda de 1,40% e 1,21%, respectivamente.
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 1,05% e 0,38%. A Prio (PRIO3) avançou 0,74% e a PetroRecôncavo (RECV3) recuou 0,54%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,78%, a Gerdau (GGBR4) registrou avanço de 0,47%, a Usiminas (USIM5) valorizou 1,57% e a CSN Mineração (CMIN3) avançou 0,40%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) fechou com alta de 0,18% e o Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,77%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização de 0,95% e de 1,08%, respectivamente.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) registrou um forte avanço de 8,11%. A Lojas Renner (LREN3) fechou com alta de 1,38%, a Vivara (VIVA3) teve alta de 4,99% e a C&A (CEAB3) fechou em alta de 2,52%.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,85% e 0,72%, respectivamente. Dow Jones anotou forte alta de 1,36%.