
O Ibovespa vive momento brilhante durante a semana. O principal índice acionário brasileiro registrou o terceiro recorde consecutivo de fechamento, após encerrar a sessão desta quarta-feira (17) com alta de 1,06%, aos 145.593,63 pontos. Durante o dia, o índice tocou os 146 mil pontos, por volta das 15h, pela primeira vez na história e impulsionou ações do varejo.
Às 18h30, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) vai definir taxa de juros. Analistas do mercado preveem manutenção da taxa Selic em 15% ao ano – patamar na qual se encontra.
João Guilherme Caenazzo, sócio da Aware Investments, disse que “é impossível não perceber o clima de otimismo que tomou o mercado nesta Super Quarta”. Ele ainda disse que essa “arrancada da bolsa, não é só um número redondo, mas o reflexo de um mercado animado e confiante”, concluiu.
Depois do feito inédito, o índice acabou perdendo força, principalmente durante a coletiva de Jerome Powell, presidente dos Fed (Federal Reserve). O líder da autoridade monetária americana afirmou que o “Fed está focado nas metas de preços estáveis e máximo emprego”, mas que se manterá “bem posicionado para responder em tempo hábil a potenciais desenvolvimentos econômicos”.
O banco central americano reconheceu que preferiu dar mais atenção à geração de vagas de trabalho, pois, além de tudo, tem metas de emprego a cumprir.
Acerca do dólar americano, a moeda fechou estável com leve alta de 0,06%, cotado a R$ 5,301. Após a decisão do Fed de reduzir os juros em 0,25 ponto percentual e alertar para mais dois cortes no ano, por volta das 15h, a moeda norte-americana chegou a operar na casa dos R$ 5,279, mas logo voltou a órbita dos R$ 5,301.
O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, encerrou o pregão com alta de 0,31%, pontuando US$ 96,958.
Maiores altas e maiores quedas
O pregão da B3 fechou com a RD Saúde (RADL3) liderando as maiores altas, com aumento de 6,12% no valor das ações. Na sequência aparece o Magazine Luiza (MGLU3) com avanço de 4,75%, em seguida aparece o Assaí (ASAI3) e o Bradesco (BBDC4) com crescimento de 3,96% e 3,06%, respectivamente.
Na ponta negativa, a C&A (CEAB3) encabeça a lista com recuo de 1,96% no valor dos papéis. A Marfrig (MRFG3) aparece com queda de 1,71% e, logo atrás, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e a Minerva (BEEF3) anotam um declínio de 1,69% e 1,68%, respectivamente.
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) avançou 0,32% e 0,38%, respectivamente. A Prio (PRIO3) desvalorizou 0,47%, já a PetroRecôncavo (RECV3) fechou com alta de 1,22%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,17%, a Gerdau (GGBR4) registrou avanço de 0,36%, a Usiminas (USIM5) cresceu 0,87% e a CSN Mineração (CMIN3) teve alta de 0,77%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e o Santander (SANB11) seguiram com valorização de 1,42%, 3,47% e 2,29%, respectivamente. Entretanto, somente o Banco do Brasil (BBSA3) fechou em queda de 0,32%.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) registrou mais um avanço de 5,31%, a Lojas Renner (LREN3) subiu 0,71%, a Vivara (VIVA3) teve alta de 2,54%. Apenas a C&A (CEAB3) fechou em queda de 2,44%.
Índices dos EUA
Dentre as principais bolsas de Wall Street, somente o Dow Jones fechou em alta de 0,57%. Os índices S&P 500 e Nasdaq anotaram um recuo de 0,10% e 0,33%, respectivamente.