O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (13) com alta de 0,78%, aos 141.783 pontos, após o presidente dos EUA, Donald Trump sinalizar para uma possível trégua em relação à China, publicando em suas redes sociais que “tudo ficará bem”.
Na última sexta-feira (13), a ameaça de Trump de impor sobretaxas adicionais de 100% a produtos chineses a partir de 1º de novembro reacendeu o alerta para uma nova guerra comercial entre os países. Medida foi anunciada em resposta às restrições impostas pela China à exportação de terras raras.
Pequim reagiu pedindo “negociações, em vez de ameaças”, mas afirmou que “não teme uma guerra tarifária”. No domingo, Trump apresentou um tom mais conciliador e afirmou que “tudo ficará bem com a China”, aliviando parte da tensão nos mercados em todo o mundo.
Segundo Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, Trump e o líder chinês, Xi Jinping, estão à caminho da Coreia do Sul para uma reunião. De acordo com Bessent, Washington e Pequim tiveram comunicações substanciais durante o final de semana. “Houve uma desescalada significativa da situação”, afirmou.
No cenário doméstico, os investidores mantêm-se no radar perante as movimentações do governo para recompor as contas públicas após a derrubada da medida provisória 1303, que previa alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O líder da pasta econômica, Fernando Haddad, juntamente com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet participam nesta terça-feira (14) de audiência no Senado para discutir o projeto de isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil, aprovado de forma unânime no Senado. O relator da proposta, Renan Calheiros (MDB-AL), busca ajustes do texto sem necessidade de retorno à Câmara dos Deputados.
Ainda nesta terça-feira, a comissão mista do Congresso deve votar a MP.1309 que criou o Plano Brasil Soberano, destinado a exportadores brasileiros afetados pelas tarifas de 50% impostas por Donald Trump.
Em relação ao câmbio, o dólar comercial caiu 0,75%, cotado a R$ 5,461. Durante o dia, a moeda americana oscilou entre R$ 5,492 e R$ 5,462. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou em alta de 0,42%, aos 99,266 pontos.
Maiores altas e quedas do pregão
A Usiminas (USIM5) encerrou o pregão do principal índice acionário brasileiro liderando as maiores altas do dia, com aumento de 6,35% no valor das ações. Na sequência, aparece a CSN (CSNA3) com forte alta de 6,32%. A Braskem (BRKM5) e a Brava Energia (BRAV3) fecharam a lista verde crescendo 3,51% e 3,39%, respectivamente.
Já na ponta negativa, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) encabeçou as maiores quedas com uma baixa de 4,29% no valor das ações. Logo atrás, a MBRF (MBRF3) anotou um declínio de 4,28%. O Magazine Luiza (MGLU3) e o Assaí (ASAI3) registraram uma desvalorização de 2,84% e 2,31%, respectivamente.
Variações por setor
O setor petrolífero fechou no sinal verde após possível trégua de Trump e recuperando boa parte das quedas do último pregão. As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) avançaram 0,94% e 0,97%, respectivamente, a PetroRio (PRIO3) subiu 0,78% e a PetroRecôncavo (RECV3) valorizou 2,96%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 1,49%, a Gerdau (GGBR4) registrou avanço de 2,13%, a Usiminas (USIM5) valorizou 6,35% e a CSN Mineração (CMIN3) subiu 2,36%.
No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) e o Itaú (ITUB4) fecharam com alta de 0,36% e 0,40%, respectivamente. Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,31%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização de 0,42% e de 0,14%, respectivamente.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,38%, já a Lojas Renner (LREN3) subiu 1,14%. A Vivara (VIVA3) desceu 0,30% e a C&A (CEAB3) fechou com alta de 2,58%.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 1,56% e 2,21%, respectivamente. O índice Dow Jones também subiu 1,29%.