Ibovespa fecha em alta; dólar desvaloriza e tem menor valor desde início da pandemia

O dólar reportou queda pelo terceiro dia consecutivo de 1,43%, cotado a R$ 4,85.

O principal índice da bolsa de valores, Ibovespa, concluiu a sessão desta quarta-feira (23) reduzindo os ganhos do início do dia, mas ainda com saldo positivo ao performar alta de 0,15%, a 117.452 pontos. O dólar reportou queda, pelo terceiro dia consecutivo, de 1,43% cotado a R$ 4,85, atingindo a menor cotação desde março de 2020, início da pandemia. Em uma semana, a moeda norte-americana já acumula queda de 4,71%.

O preço do petróleo percorreu mais um dia de disparada e fechou na máxima de mais de duas semanas com queda nos estoques dos Estados Unidos. O contrato do petróleo Brent para junho fechou em alta de 5,29%, a US$ 117,75 por barril, na ICE, em Londres, enquanto o petróleo WTI para maio subiu 5,17%, a US$ 114,93 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York.

Desta forma, a B3 segue sendo sustentada pelas companhias de commodities, em especial as petroleiras Petrobras, PetroRio e 3R Petroleum. As empresas registraram boa performance nesta quarta graças à disparada do petróleo.

No radar nacional, enquanto os principais mercados são coagidos pelos riscos de prolongamento do conflito no Leste-europeu, entre a Rússia e Ucrânia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alegou que o “Brasil pode se beneficiar dos efeitos do choque da guerra”. Em sua primeira vez que o presidente da autoridade monetária se manifestou publicamente sobre o conflito no leste europeu ele afirmou que se o país tiver fertilizantes para a produção de alimentos, o território nacional pode se posicionar em posição vantajosa.

Embora o índice brasileiro tenha fechado no campo favorável, a B3 sentiu a pressão do baixo rendimento em Wall Street, que fechou o pregão com mais de 1% de queda. Os temores de uma inflação ainda mais elevada voltaram a assombrar os investidores norte-americanos nesta quarta-feira (23), em meio ao avanço dos preços do petróleo.

O índice Dow Jones reportou variação negativa de 1,29%, aos 34.357,77 pontos; enquanto o S&P 500 marcou uma redução de 1,23%, aos 4.456,12 pontos. O Nasdaq, por fim, encerrou com perdas de 1,32%, aos 13.922,60 pontos.

Ibovespa pela tarde

Às 16h46, o índice subia 0,16%, aos 117.461 pontos. O dólar registrava desvalorização de 1,45%, a R$ 4,84.

Às 14h36, o benchmark avançava 0,13%, aos 117.421 pontos. A alta segue refletindo os ganhos de papéis ligados a commodities e da melhora em Wall Street. O dólar tinha baixa de 1,23%, a R$ 4,85.

Índice ao meio-dia 

Às 12h17, o Ibovespa operava em alta, valorizando 0,67%, aos 118.063 pontos, puxada por ações de commodities, enquanto as Bolsas em Nova York seguem no terreno negativo. O dólar se mantém em queda. Às 12h22, a moeda caía 0,05%, a R$ 4,85.

A manhã desta quarta-feira (23) vem sendo marcada por aversão a risco lá fora, com os preços do petróleo retomando a alta. 

Além disso, as indefinições sobre a guerra na Ucrânia pesam nos resultados do mercado, com possíveis gargalos na oferta do petróleo, caso países europeus sancionem a matéria prima da Rússia.

No radar interno, as ações ligadas ao petróleo e ao minério de ferro ganham destaque no Ibovespa.

Como foi a abertura do Ibovespa?

O Ibovespa iniciou os negócios desta quarta-feira (23) em alta de 0,24%, aos 117.552 pontos, contrariando os mercados internacionais e com o mercado monitorando os bancos centrais,  Às 10h50, o dólar caía ao seu menor nível desde março de 2020, desvalorizando 0,06%, aos R$ 4,8896.

Entre os setores que impulsionam os ganhos, têm destaque a mineração, siderurgia e extração e processamento de petróleo, como 3R Petroleum, PetroRio, Vale e Gerdau, que seguem em valorização de commodities.

Liderando os ganhos tem PetroRio, valorizando 2%, nos primeiros minutos do pregão de hoje.

Na outra ponta, o Banco Inter recua 0,52%, enquanto Locaweb desvaloriza 0,50% e Via (VIIA3) têm queda de 1,92%.

O petróleo segue aumentando seus ganhos na sessão desta quarta, em meio a uma mais restrita da commodity. Às 10h25, os preços dos contratos para junho do Brent, operavam em alta de 3,87%, a US$ 116,15 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para maio do WTI, a referência americana, subiam 3,92%, a US$ 113,55 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Enquanto isso, as bolsas em Nova York devolvem ganhos da véspera e abrem em baixa. Dow Jones opera em queda de 0,53%. A S&P 500 cai 0,56%. Já a Nasdaq recua 0,88%.

Os investidores seguem atentos ao andamento da guerra na Ucrânia e seus impactos nos preços das commodities. Enquanto isso, as negociações com os russos não avançam e cidades ucranianas continuam sendo bombardeadas. 

O presidente dos EUA, Joe Biden, está indo nesta quarta para Bruxelas, onde participará de uma cúpula de emergência da Otan, se reunirá com líderes do G-7 e se dirigirá a líderes da UE em uma reunião do Conselho Europeu.
Além disso, Biden e seus aliados europeus irão anunciar novas sanções contra a Rússia.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala duas vezes hoje em eventos abertos à imprensa, um dia após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). 

O índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) tinha ganhos, às 10h37, de 0,08%, aos 2.733 pontos.

Pré-mercado 

As bolsas amanheceram nesta quarta-feira (23) em queda, com os preços do petróleo voltando a subir. O Ocidente pretende aumentar a pressão sobre a Rússia com novas sanções. Os investidores ainda devem ficar atentos aos rumos dos juros, com a aparição dos presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos em eventos.

Os índices futuros dos EUA operam em baixa na manhã, à medida que os investidores continuam digerindo os comentários do Federal Reserve (Fed) sobre inflação e taxas de juros, e a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Enquanto isso, os mercados asiáticos encerraram em alta, com destaque para valorização de 3% do Nikkei 225 do Japão, fechando em 28.040,16, com as ações do SoftBank Group subindo 7,22%.

As cotações do petróleo sobem nesta quarta, com uma queda nos estoques de petróleo dos EUA aumentando as preocupações sobre a oferta global apertada em meio ao impacto das sanções econômicas nas exportações russas.