O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (8) com alta de 0,22%, aos 126.548,34 pontos. O dólar comercial subiu 0,25%, a R$ 5,47.
Uma convergência de fatores negativos levaram o Ibovespa a oscilar bastante neste pregão. O mercado segue atento à postura do governo quanto ao compromisso fiscal, que até então não mostrou números que comprovam uma mudança. Além disso, os preços das commodities em queda afetaram as ações do setor.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, foi em direção semelhante à moeda no restante do mundo e avançou 0,135, a US$.
“Dólar e juros futuros subiram marginalmente, diante da falta de gatilhos para que o real estendesse a recuperação das últimas sessões da semana passada e do aguardo por indicadores de inflação a serem divulgados nesta semana”, indicou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Como citado, a queda das commodities pressionou as ações das mineradoras, mas além delas, as perdas entre as companhias siderúrgicas e varejistas também prejudicaram o Ibovespa.
Na linha positiva, o Ibovespa teve apoio das ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4), mesmo com a queda do petróleo internacional.
Isto por conta do reajuste anunciado sobre os preços da gasolina e do gás de cozinha.
“Azul subindo devido a possível combinação de negócios entre Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4). De fato, essa fusão está movimentando as ações da companhia”, analisou Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.
Entre os destaques negativos do Ibovespa, a Suzano liderou. A companhia caiu na semana passada por conta do leve recuo do dólar, segundo Mendonça.
“E mesmo com a alta de hoje da moeda, o papel está corrigindo. Também podemos destacar como motivo para queda de Suzano a queda das commodities agrícolas (milho, soja, trigo)”, completou.
A WEG (WEGE3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 5,40%. Logo atrás, Azul (AZUL4) e CCR Rodovias (CCRO3) registraram altas de 4,99% e 2,55%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Magalu (MGLU3) liderou as perdas, caindo 5,84%. Em seguida, vieram CVC (CVCB3) e Eneva (ENEV3), com perdas de 2,91% e 2,89%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Magalu (MGLU3) crava queda, mas Americanas (AMER3) tem alta forte
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 2,33% e 2,45%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 2,58%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,79%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,11%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 1,50%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixas de 0,18% e 1,65%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram em movimentos de equilíbrio em 0,00% e desvalorização em 1,62%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 5,84%. Diferente da Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 11,11%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 3,55%.
Índices do exterior fecharam sem direção única
Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta segunda-feira (8). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,06%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,63%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,03%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,10% e 0,28%, respectivamente. Já o Dow Jones recuou 0,08%.