Ibovespa fecha em alta impulsionado por commodities e exterior

O Ibovespa seguiu as bolsas internacionais e encerrou em alta nesta quarta-feira (2), puxado pelas ações de commodities como Vale e Petrobras, enquanto os russos marcaram o sétimo dia de ataques na Ucrânia. Vale ressaltar que a sessão teve inicio hoje apenas às 13h, com seu horário reduzido devido ao feriado de Quarta-feira de Cinzas.

O dólar, por sua vez, devolveu os ganhos iniciais ao longo da tarde e fechou em queda, também com a disparada nos preços das commodities devido à crise na Ucrânia, apoiando divisas de países exportadores, incluindo o real, que teve um dia de fluxo favorável com esse cenário.

No radar geopolítico, as duras sanções à Rússia emitidas por diversos países têm prejudicado a economia da maior nação do mundo. Entre as mais extremas, está a expulsão de bancos russos do Swift, um sistema global de pagamentos, e o congelamento de reservas do banco central da Rússia.

Mesmo com todas essas questões em jogo, a invasão pela Rússia continua, com novos ataques em Kharkiv, segundo maior cidade da Ucrânia, e Kiev, capital do país. 

Uma das consequências da guerra é o avanço no preços de commodities, principalmente as ligadas à Rússia e à Ucrânia, caso do milho, trigo e do petróleo – com o último atingindo o maior valor de fechamento em sete anos. O barril tipo Brent (maio) encerrou com alta de 7,36%, a US$ 112,70, e o tipo WTI (abril) subiu 6,99%, a US$ 110,64.

Nesse cenário, as ações da 3R Petroleum (RRRP3) dispararam 12,93%, seguidas pela Petrorio (PRIO3) e CSN (CSNA3), que avançaram 9,02% e 8,09%, respectivamente. 

Na contramão, os destaques negativos do Ibovespa ficaram com a Ambev (ABEV3), que caiu 4,47%, e Natura (NTCO3), com baixa de 4,02%. Já a Cielo (CIEL3) perdeu 3,89%.

Ainda no Brasil, o Boletim Focus do Banco Central (BC) divulgado nesta quarta manteve o pessimismo quanto ao cenário inflacionário ao revelar a sétima elevação consecutiva nas expectativa do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, avançando de 5,56% para 5,60%.

O objetivo a ser perseguido pelo Banco Central em 2022 é de 3,50%, com tolerância de 2,0% a 5,0%. Ou seja, a pesquisa segue indicando o segundo ano consecutivo de rompimento da meta, após o desvio de 4,81 pontos porcentuais do IPCA de 2021 (10,06%).

Nos Estados Unidos, repercutiu entre investidores a fala do presidente do Federal Reserve (banco central do país), Jerome Powell. Ele reiterou o começo do ciclo de alta de juros nos EUA e se mostrou favorável a uma alta de 0,25% nos juros em março, valor menor que o esperado inicialmente pelo mercado, de 0,5%.

Frente a isso, os índices norte-americanos fecharam com bons resultados. O índice Dow Jones subiu 1,79%, aos 33.889 pontos, o S&P 500 avançou 1,86%, aos 4.386 pontos e o Nasdaq teve alta de 1,62%, aos 13.752 pontos.

Bolsa

O Ibovespa fechou em alta de 1,80%, aos 115.173 pontos. O volume financeiro foi de R$ 27,7 bilhões

Dólar 

O dólar recuou 0,91%, e encerrou cotado a R$ 5,109.

Ibovespa pela tarde 

Às 17h06 (horário de Brasília) o índice avançava 1,79% aos 115.166 pontos. O dólar seguia em queda de 0,94%, sendo cotado a R$ 5,10.

Às 14h47 (horário de Brasília) o benchmark mantinha ganhos de 1,67% aos 115.033 pontos. O movimento acompanha os mercados internacionais, enquanto ações do setor de commmodities disparam frente ao avanço do preço do barril de petróleo – em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia – e a alta do minério de ferro. Já o dólar recuava 0,47%, a R$ 5,13.