Ibovespa fecha em alta, mas é contido por Petrobras e temores fiscais; dólar cai pré-Copom

Mesmo com as preocupações, os ânimos no mercado estavam mais calmos graças ao avanço da vacinação mundial

O Ibovespa encerrou em alta nesta segunda-feira (2), impulsionado pelo desempenho de ações ligadas ao setor financeiro, apesar de ter contido e recuado após atingir a máxima superior a 2% durante a sessão. O avanço do índice foi contido pela queda dos papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) e pela notícia de que se pensa em aumentar o benefício do Bolsa Família.

A respeito dos bancos, Itaú Unibanco (ITUB4) ganhou 0,6%, Banco do Brasil (BBAS3) subiu 1,4%, Bradesco (BBDC3; BBDC4) valorizou-se 0,8% e B3 (B3SA3) teve alta de 2,4%. Os investidores estão atentos ao resultado trimestral do Itaú, que sai hoje, e do Bradesco, que sai amanhã.

Já os papéis da Petrobras caíram 1,9% após os futuros do barril Brent (usado como referência para a estatal) fecharem em queda de 2,9% a US$ 4 73,24, devido a temores com a economia da China.

No radar político, uma informação da CNN, divulgada pouco antes do fechamento da Bolsa, repercutiu no mercado: o governo irá propor um Bolsa Família de R$ 400, substituindo os R$ 250 entregues atualmente. A preocupação do mercado é que o governo descumpra a regra do teto de gastos, apesar do ministro Paulo Guedes ter garantido que isso não vai acontecer. 

Como precisa-se abrir espaço no orçamento para caber o programa social, a matéria revela que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, estaria encaminhando aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tentar minimizar o efeito nas contas públicas para 2022 de um débito com precatórios de aproximadamente R$ 89 bilhões.

Mesmo com os temores, os ânimos estavam mais calmos graças ao avanço no ritmo da vacinação mundial e, consequentemente, ao menor risco com a variante delta da Covid-19.

O que pode acabar com essa tranquilidade aqui no Brasil são os dados do Boletim Focus desta semana, pois mostram que agentes do mercado continuam sentindo forte pressão inflacionária este ano.

A previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi elevada para 6,79%, frente 6,56% na semana anterior.

Em relação ao dólar, valeu as expectativas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide a nova taxa Selic na quarta-feira (4). O fato de parte do mercado esperar um posicionamento mais agressivo na alta de juros nesta semana resultou na queda do dólar e na valorização do real, que revezou com a lira turca o posto de moeda com melhor desempenho nesta sessão.

Bolsa

O Ibovespa teve alta de 0,59%, a 122.515 pontos com volume financeiro negociado de R$ 30,7 bilhões.

Dólar

O dólar comercial caiu 0,86% a R$ 5,165 na compra e a R$ 5,165 na venda. 

Ibovespa pela tarde

Às 14h35 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa avançava 1,85%, a 124.048 pontos. O dólar comercial recuava 1,60% a R$ 5,12.

Índice ao meio-dia

Às 12h17 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 1,90%, a 124.118 pontos. O dólar comercial operava em queda de 1,38% a R$ 5,14.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h12 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 1,23%, a 123.298 pontos. O dólar comercial operava em queda de 1,25% a R$ 5,14.

Nesta segunda-feira (2), o Ibovespa opera em alta seguindo o movimento das bolsas internacionais, com a redução dos temores em relação a variante delta do coronavírus diante do avanço da vacinação. 

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou o pregão da sexta-feira (30) em queda, puxado pelo desempenho negativo das ações da Vale, que recuaram 5,89% por conta das previsões de baixa para o setor. Além disso, havia um temor no mercado em relação ao custeio do novo Bolsa Família que excedeu o teto de gastos previamente estabelecido.

A semana se inicia com a repercussão da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), em meio a especulações sobre uma possível alta de 1% da Selic e o noticiário político, em que as fala do presidente Jair Bolsonaro se destaca ao defender endividamento para dar continuidade ao reajuste do Bolsa Família.

A temporada de resultados trimestrais segue no radar do mercado.

As bolsas internacionais sobem nesta segunda-feira (2) após um mês forte nos Estados Unidos. Em julho, os principais índices norte-americanos fecharam em alta, apesar de receios em relação à reabertura da economia.

Dados que apontaram uma alta na inflação nos EUA foram divulgados na sexta-feira, o avanço foi de 3,5%. Além disso, com mais indicadores econômicos, o PIB da região avançou 6,5% no segundo trimestre, se comparado com o resultado de um ano antes.

Na Europa, as bolsas também têm alta, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, sobe 0,7%, com destaque positivo para o setor automobilístico.

O PMI industrial da zona do euro, relativo a julho, foi divulgado e ficou na marca dos 62,8 pontos, superior a expectativas de 62,6 pontos.

As bolsas asiáticas avançam, na sessão, após uma semana turbulenta. O índice do gerente de compras Caixin/Markit de julho da China foi divulgado, e ficou em 50,3 pontos, abaixo do esperado por analistas ouvidos pela Reuters, que era de 51,1 pontos.

Além disso, as ações do HSBC listadas em Hong Kong subiram 0,93% após o banco anunciar que seu lucro mais que dobrou no primeiro semestre de 2021 (veja mais aqui).
 
Confira os principais índices às 7h22:

ÁSIA
Nikkei 225 [+1,82%]
S&P/A SX 200 [+1,34%]
Hang Seng [+0,93%]
Shanghai [+1,97%]
 
EUROPA
DAX [+0,08%]
FTSE 100 [+0,94%]
CAC 40 [+0,72%]
SMI [+0,28%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [+0,45%]
US Tech 100 [+0,52%]
S&P 500 VIX [-2,19%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,34%] US$ 1.810,95
Prata [-0,20%] US$ 25,497
Cobre [+0,70%] US$ 4,5140
Petróleo WTI [-1,54%] US$ 72,81
Petróleo Brent [-1,31%] US$ 74,42

 

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