Ibovespa fecha em alta puxado por balanços e Ucrânia

O dólar encerrou em alta de 1,01%, cotado a R$ 5,156

O Ibovespa encerrou em alta nesta sexta-feira (25), impulsionado pelas ações ligadas a commodities, em especial as da Vale (VALE3), que avançaram após a divulgação do forte crescimento da mineradora no balanço trimestral. 

Além disso, o benchmark foi beneficiado pela possibilidade de negociações entre Rússia e Ucrânia. Durante o dia, o Kremlin afirmou que o presidente Vladimir Putin teria aceitado negociar com a contraparte ucraniana, Volodymyr Zelensky, após o político falar de uma possível neutralidade do país em relação à Otan.

Entretanto, o Kremlin havia dito na véspera (24) que a pesada operação militar russa no leste europeu depende de como a Ucrânia avançaria e de seus objetivos, e que o ataque deveria idealmente limpar o país dos “nazistas” e “neutralizar” o potencial militar de Kiev, disse o Kremlin na véspera (24). 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou “a maior sanção econômica da história” à Rússia na primeira coletiva de imprensa em meio à crise, realizada na tarde de ontem. Segundo ele, o presidente russo, Vladimir Putin, não vai parar a guerra na Ucrânia e foi explícito ao afirmar que o autocrata pretende restabelecer todo o território da extinta União Soviética.

No Brasil, o presidente, Jair Bolsonaro (PL) desmentiu o vice, Hamilton Mourão (PRTB).

Mourão afirmou que o Brasil era contrário à invasão do território ucraniano e defendeu o uso de força contra a Rússia. Porém, Bolsonaro disse em sua live semanal que quem deveria falar sobre esse assunto era ele e que só se manifestaria após conversar com os ministros de Relações Exteriores e da Defesa.

Já a moeda norte-americana serviu como meio de proteção para investidores nesta sessão, fazendo o dólar encerrar em alta, a R$ 5,156. O real, por sua vez, se descolou de outras moedas e se desvalorizou, enquanto os mercados internacionais tentam se recuperar das perdas sofridas na véspera.

Em Wall Street, o Dow Jones fechou em alta de 2,51%, aos 34.058 pontos, o S&P 500 subiu 2,24%, a 4.384 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 1,64%, a 13.694 pontos.

As bolsas também se recuperam na Europa, com o índice STOXX 600, que reúne as principais ações de 17 países europeus, subindo mais de 3%, após atingir seu menor nível desde maio de 2021.

Bolsa

O Ibovespa fecha em alta de 1,39%, aos 113.141 pontos. O volume negociado ficou em R$ 39,3 bilhões.

Maiores altas

CSN (CSNA3) +6,00%;
Vale (VALE3) +5,41%;
3R Petroleum (RRRP3) +4,86%;
PetroRio (PRIO3) +3,90%;
Bradespar (BRAP4) +3,86%

Maiores baixas

Locaweb (LWSA3) -6,90%;
Qualicorp (QUAL3) -6,79%;
CCR (CCRO3) -5,24%;
Cogna (COGN3) -4,64%;
Cielo (CIEL3) -4,15%

Dólar

O dólar encerrou em alta de 1,01%, cotado a R$ 5,156.

Ibovespa pela tarde

Às 15h14, o benchmark virava para alta de 0,11%, aos 111.710 pontos. O dólar subia 1,07%, cotado a R$ 5,16.

Índice ao meio-dia

Às 12h30 (horário de Brasília) o Ibovespa conservava ritmo de queda engatilhado no início do pregão, agora, com perdas de 0,19%, aos 111.385 pontos. O dólar permanecia em alta de 2,02%, a R$ 5,10

A bolsa brasileira está descolada dos principais mercados internacionais, que têm um leve alívio nesta sexta-feira (25), após as quedas da véspera.

O mercado acompanhou, ao decorrer da manhã, a divulgação do Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que caiu 0,5 ponto de janeiro para fevereiro deste ano, chegando a 91,1 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos. Além desta ser a quarta queda consecutiva, o indicador atinge o menor patamar desde abril do ano passado.

Também destaca-se que todos os mercados sentiram os impactos do confronto entre Rússia e Ucrânia e para os Fundos Imobiliários (FIIs) não seria diferente. O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) já recuava na semana passada, mas a contração foi aprofundada após a notícia da invasão. Por volta das 13h32 de quinta-feira (24), o IFIX caía 0,50%, aos 2715,66 pontos.

Ao meio-dia, as ações ordinárias da 3R Petroleum lideravam os ganhos, com avanço de 3.21%, cotadas a R$ 33,14.

Enquanto os papéis ordinários da CCR tinham destaque negativo ao passo que tombavam 4,03%, a R$ 11,91.

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), negociado na B3, avançava seus ganhos para 0,81%, aos 2.732 pontos. 

O ativo KISU11 liderava os ganhos da sessão promissora, com alta de 2.39%, a R$ 7,53.

Já o fundo SNFF11 apresentava a pior performance do pregão, com variação negativa de 1,23%, a R$ 86,48.

Como foi a abertura do Ibovespa?

O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, deu iniciou ao último pregão de fevereiro, prolongando o ritmo de queda ensaiado na sessão anterior, com perda de 0,51%, aos 111.023 pontos. O dólar avançava 2,02%, cotado a R$ 5,10.

Os investidores seguem apreensivos com as ofensivas russas sobre os territórios ucranianos.  A invasão da Rússia à capital da Ucrânia ganhou corpo, com a intensificação de bombardeios. A guerra aumenta a instabilidade global, com forte impacto na economia, e a cautela dos investidores continua. 

Além disso, o radar deve se concentrar também nos dados inflacionários dos Estados Unidos, que podem ajustar as apostas para a alta de juros.

O mercado acompanhou na manhã desta sexta-feira (25) a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que ficou em 1,83% em fevereiro, após apresentar uma patamar de 1,82% em janeiro, aponta levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Confira a abertura do Ibovespa na íntegra.

Pré-abertura da Bolsa

As bolsas europeias operam em alta, ainda seguida de uma frágil recuperação dos ativos globais, com os mercados avaliando os impactos das sanções contra a Rússia;

Na agenda econômica, o Produto Interno Bruto (PIB) francês avançou 0,7% entre outubro e dezembro de 2021, na comparação com o trimestre anterior. O resultado foi em linha com a estimativa preliminar, divulgada há aproximadamente um mês.

No lado das commodities, os preços do petróleo sobem, com a crise geopolítica ainda inflamando os receios em relação à oferta global, ao passo que os mercados se preparam para os impactos promovidos pelas sanções comerciais a Rússia, que é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, como foi antecipado pelo InfoMoney.

Confira a pré-abertura do mercado aqui.