Ibovespa fecha em alta puxado por exterior e avanço da B3

O dólar comercial teve alta de 0,89% a R$ 5,42

Após passar três sessões em queda, o Ibovespa encerrou em alta nesta quinta-feira (19) seguindo o desempenho das bolsas americanas em meio a alta de ações e empresas de tecnologia em Wall Street. Apesar de ter fechado com saldo positivo, os ganhos foram limitados pela pressão de papéis ligados ao minério de ferro.

A forte desvalorização das commodities é expressa com a queda de 12% do minério de ferro negociado em Singapura. Com o impacto, Vale (VALE3) caiu 5,71%, CSN (CSNA3) recuou 5,78%, Usiminas (USIM5) teve queda de 5,69% e Gerdau (GGBR4) desvalorizou-se 3,5%. 

No exterior, os investidores ainda repercutiam a preocupação com a ata do Fomc divulgada ontem, na qual membros sinalizaram a redução do ritmo de compras mensais de títulos ainda em 2021.

A maior economia do mundo também sofreu com dados de auxílio desemprego, que vieram abaixo do projetado. As solicitações caíram 29 mil na semana encerrada em 14 de agosto, a 348 mil pedidos, de acordo com ajustes sazonais revisados pelo Departamento do Trabalho dos EUA. 

A expectativa de analistas consultados pela Refinitiv era de 363 mil pedidos. 

Voltando ao cenário interno, a ação que mais impulsionou o avanço do Ibovespa foi a B3 (B3SA3), com valorização de 4,7%.

Já na política, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que ruídos envolvendo questões domésticas têm afetado as projeções de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2022, processo que está sendo acompanhado pela autoridade monetária.

Além disso, com a elevação das taxas longas no mercado diante de temores crescentes com o descontrole das contas públicas conforme o ano eleitoral se aproxima, o ministro da Economia, Paulo Guedes defendeu que o “trabalho sério”, a ampla vacinação e o aguardo da próxima eleição é o que farão o juro da economia brasileira ficar em um dígito. 

Bolsa

O Ibovespa subiu 0,45%, a 117.164 pontos com volume financeiro negociado de R$ 38,49 bilhões

Dólar

O dólar comercial teve alta de 0,89% a R$ 5,422 na compra e a R$ 5,423 na venda.

Índice pela tarde

Às 16h12 (horário de Brasília), principal benchmark da bolsa registrava alta de 0,57%, a 117.219 pontos. O dólar comercial aumentava a valorização em 0,83%, sendo cotado a R$ 5,42.

Às 14h26 (horário de Brasília), o índice virava para alta de 0,36%, a 117.064 pontos. O dólar comercial avançava 0,37% a R$ 5,39.

Ibovespa ao meio-dia

Às 12h03 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,84%, a 115.666 pontos. O dólar comercial tinha alta de 1% a R$ 5,43.

O recuo do Ibovespa nesta quinta-feira (19) é impactado pela forte queda de commodities e preocupações no mercado internacional envolvendo a redução de estímulos monetários pelos Estados Unidos, além disso, no Brasil, ruídos no cenário político influenciam no desempenho da Bolsa.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h13 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 1,07%, a 115.397 pontos. O dólar comercial operava em alta de 1,13% a R$ 5,43.

Nesta quinta-feira (19), o Ibovespa opera em queda, segundo o movimento do cenário exterior. Na manhã desta quinta, foram divulgados dados sobre o auxílio desemprego dos Estados Unidos, mostrando que na semana encerrada em 14 de agosto o número de pedidos caiu para 384 mil, uma diferença de 29 mil pedidos na comparação com o balanço anterior. 

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou em queda na quarta-feira (18) com uma sessão marcada por uma intensa volatilidade que fez o índice cair cerca de 1% e avançar 0,6% em poucos minutos, antes da divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Atenção para os eventos que ocorrerão nesta quinta-feira (19) no Brasil e contarão com a presença de Paulo Guedes, ministro da Economia, e Campos Neto, presidente do Banco Central.

Nesta manhã as bolsas mundiais apresentam quedas. Na véspera, a ata da reunião Fomc, do Federal Reserve (Fed), foi divulgada e sinalizou que as autoridades monetárias dos EUA começaram a discutir a redução de compras dos títulos (veja mais aqui).

Ainda nos Estados Unidos, os números de novos pedidos de seguro-desemprego serão expostos nesta quinta-feira e devem apontar qual a perspectiva para a elevação da taxa de juros do país.

O índice Dow recuou, na quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, em 380 pontos. Também em ritmo de queda, o S&P perdeu mais de 1%.

As bolsas europeias apresentam fortes quedas na sessão, após fraco desempenho das bolsas asiáticas e a divulgação das minutas do Fomc.

O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, caiu 2% nesta manhã. Todos os setores operam em baixa.

O Goldman Sachs anunciou que irá comprar o braço de gestão de ativos da NN Groups por US$ 1,98 bilhão (cerca de R$ 10,3 bilhões). Esta é a maior aquisição sob gestão do executivo David Solomon.

As bolsas asiáticas fecharam em queda, devido a temores em relação às pressões regulatórias por parte do governo chinês.

O Comitê Central para Assuntos Financeiros e Econômicos da China declarou, na terça-feira (17), que devem ser feitos esforços para encontrar equilíbrio entre o crescimento e riscos financeiros.

As commodities também apresentam perdas, com o petróleo oscilando para baixo entre 2,5% e 3% nos principais contratos de WTI e Brent, em meio a divulgação da ata do Fomc e receios em relação a desaceleração da oferta por conta da variante Delta.

 
Confira os principais índices às 7h35:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-1,10%]
S&P/A SX 200 [-0,50%]
Hang Seng [-2,13%]
 
EUROPA
DAX [-1,75%]
FTSE 100 [-2,03%]
CAC 40 [-2,58%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [-0,84%]
US 500 [-0,77%]
US Tech 100 [-0,63%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,43%] US$ 1.792,10
Prata [-0,38%] US$ 23,332
Cobre [-3,37%] US$ 3,9810
Petróleo WTI [-3,60%] US$ 62,77
Petróleo Brent [-3,34%] US$ 66,02