Apostas na "Super-Quarta"

Ibovespa fecha em alta visando corte de juros nos EUA; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (26) com alta de 1,22%, aos 127.492,49 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,65.

Foto: PIxabay / Ibovespa
Foto: PIxabay / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (26) com alta de 1,22%, aos 127.492,49 pontos. O dólar comercial subiu 0,18%, a R$ 5,65.

O foco do mercado já começa a se voltar novamente para a política monetária, com os agentes projetando que o a redução dos juros nos EUA está mais próxima. Com isso, o Ibovespa seguiu o ânimo e manteve-se em alta, mesmo com as novas críticas de Lula ao BC (Banco Central),, o que o mercado não vê com “bons olhos”.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, não conseguiu acompanhar as divisas internacionais e caiu 0,05%, a US$ 104,30.

Na semana que vem, os holofotes se voltarão à “super-quarta”, evento em que coincide as tomadas de decisão sobre os juros nos EUA pelo Fed (Federal Reserve) e no Brasil pelo Copom (Comitê de Política Monetária).

“Outra coisa que favorece muito o Ibovespa também é a aposta da CME, a Bolsa de Chicago, que diz que é praticamente certo que em setembro os juros vão cair nos EUA, principalmente devido ao PCE que saiu hoje”, avaliou Rodrigo Cohe, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

O PCE (índice de preços de gastos com consumo) é o dado de inflação mais observado pelo Fed e acelerou 0,02% em junho.

“O PCE veio em linha com o esperado, ou seja, aos poucos a inflação vem sendo controlada”, frisou Cohen.

Além do quadro externo, os investidores também demonstraram ter se acalmado quanto ao risco fiscal do Brasil, comentou o analista. Isto após o corte de gastos de R$ 15 bilhões anunciado no início da semana.

“Frentes vem sendo abertas para que o País gaste menos e com isso consiga cumprir a nossa meta fiscal. Isto mostra uma certa responsabilidade fiscal e, com isso, o Brasil torna-se aos poucos um país mais confiável”, afirmou.

Entre as altas do Ibovespa, a Vale (VALE3) valorizou após registrar uma alta de 210% no lucro líquido, na base anual, a US$ 2,7 bilhões, no 2TR24. O resultado foi divulgado na noite de quinta-feira (25).

No lado contrário, a Usiminas (USIM5) teve prejuízo líquido de R$ 100 milhões no período e cravou a pior queda do índice nesta sessão.

A Azul (AZUL4) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 6,87%. Logo atrás, JBS (JBSS3) e Hypera (HYPE3) registraram altas de 6,,72% e 5,77%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Usiminas (USIM5) liderou as perdas, caindo 23,55%. Em seguida, vieram Carrefour (CRFB3) e Suzano (SUZB3), com perdas de 1,50% e 1,30%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) 

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,29% e recuaram 0,11%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 3,67%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 1,62%. Gerdau (GGBR4) registrou equilibrou em 0,00%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 23,55%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,74% e 0,86%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 0,81% e 1,91%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,50%. Diferente da Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 5,26%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 1,44%.

Índices do exterior fecharam em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta sexta-feira (26). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,68%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 1,22%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,,87%.

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 1,11% e 1,03%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 1,56%.