Exterior sem direção

Ibovespa fecha em baixa mesmo com melhora no IPCA-15; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (25) com baixa de 0,43%, aos 131.586,45 pontos; o dólar comercial subiu, a R$ 5,47

Ibovespa
Ibovespa / Foto: CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (25) com baixa de 0,43%, aos 131.586,45 pontos. O dólar comercial subiu 0,23%, a R$ 5,47.

Apesar de Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3) terem segurado uma queda mais acentuada do índice, o Ibovespa não conseguiu se manter em alta, pois o mercado ainda está cauteloso com o prêmio de risco. A sessão foi marcada pelo resultado do IPCA-15, que surpreendeu com um número abaixo do esperado.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também teve alta de 0,51%, a US$ 100,98.

O IPCA-15 (índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação, foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) e mostrou alta de 0,13%. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, de 0,29%, e do mês anterior, que foi de 0,19%.

“Importante destacar que esse arrefecimento da inflação ainda não reflete a alta da taxa básica de juros, que aconteceu na semana passada”, ressaltou Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.

Especialistas consultados pelo BP Money analisaram o índice e avaliaram se pode ou não haver influência nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).

Na avaliação de Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos, apesar das altas em setores específicos, como energia elétrica e alimentação, o cenário geral da inflação desacelerou.

Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital, chama atenção ainda para a taxa acumulada de 4,12% nos últimos 12 meses, que permanece dentro do teto da meta estabelecida pelo BC.

No radar corporativo, os preços do petróleo tiveram quedas firmes acima de 2%, mas isso não interferiu nas negociações da Petrobras, que teve leves ganhos.

Entre as principais altas do Ibovespa, a CSN Mineração (CMIN3) seguem em ritmo de ganhos, ainda aproveitando a repercussão do anúncio do pacote de estímulos chineses ao mercado imobiliário, o que impulsiona o minério de ferro.

“O Assaí sofreu diante de alto volume de vendas decorrente de rebaixamento de recomendação divulgado pelo Citi (CTGP34) citando deterioração do cenário competitivo para o varejo brasileiro”, indicou Castro.

“Diante da prévia do IPCA abaixo do esperado, os juros futuros registram baixa hoje de magnitude decrescente ao longo da curva, refletindo certo otimismo do mercado com o curto prazo, mas manutenção das expectativas para o longo”, apontou ele.

A Braskem (BRKM5) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 4,42%. Logo atrás, CSN Mineração (CMIN3) e BRF (BRFS3) registraram altas de 2,43% e 2,39%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Brava Energia (BRAV3) liderou as perdas, caindo 6,47%. Em seguida, vieram Yduqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3), com perdas de 5,62% e 5,30%.

Altas e Baixas do Ibovespa: mineradoras e bancos tradicionais

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,03% e 0,73%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 3,72%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,45%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,14%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,17%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 1,26% e baixa de 0,29%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 0,63% e 0,10%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu1,86%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 4,14%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 1,49%.

Índices do exterior fecharam sem direção única

Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta quarta-feira (25). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,34%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,50%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,12%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 caiu 0,19% e Nasdaq subiu 0,04%. Já o Dow Jones recuou 0,70%.