Bancos seguram perdas

Ibovespa fecha em baixa por piora no quadro de risco fiscal; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (17) com queda de 0,44%, aos 119.137,86 pontos; o dólar subiu, a R$  5,42.

Foto: Unsplash / Ibovespa
Foto: Unsplash / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (17) com queda de 0,44%, aos 119.137,86 pontos. O dólar comercial subiu 0,73%, a R$  5,42.

Com o mercado apreensivo à espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada na quarta-feira (19), as questões fiscais do Brasil seguem influenciando as negociações e empurrando o Ibovespa para baixo.

“O governo tem um posicionamento desarticulado. Embates com o Congresso também fazem com que os investidores fiquem um pouco mais receosos, com um menor apetite ao risco”, avaliou Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

“A minha perspectiva para a divulgação do Copom é termos uma decisão um pouco mais conservadora, uma manutenção da taxa [Selic], por conta das questões fiscais no país, que não estão se resolvendo”, prosseguiu.

Conforme análise de Mendonça, as ações do setor do agronegócio se destacaram entre as altas do Ibovespa, nesta sessão.

“Outras altas são de bancos como Itaú, Santander e Bradesco, que se recuperam após quedas da semana passada”, disse.

O Itaú (ITUB4) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 2,44%. Logo atrás, B3 (B3SA3) e Santander (SANB11) registraram altas de 1,83% e 1,44%, respectivamente.

“Entre as quedas, temos ações cíclicas como a Cogna, que está sendo pressionada pela inclinação da curva de juros, assim como Locaweb e Assai”, indicou Mendonça.

Já na ponta negativa, Rede D’Or (RDOR3) liderou as perdas, caindo 5,16%. Em seguida, vieram Braskem (BRKM5) e Locaweb (LWSA3), com perdas de 5,11% e 4,29%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) divergem

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) valorizaram 0,05% e 0,37%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,69%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento negativo foi puxado pela Vale (VALE3) que caiu 0,40%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,65%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 1,11%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram mistos com alta de 2,63% e baixa de 0,08%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também seguiram com valorização 1,09% e 1,44%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 3,93%. Diferente da Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 7,50%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 5,59%.

Dólar reflete preocupações do cenário político

Enquanto o governo federal discute, entre seus órgãos e com o Congresso Nacional, novos meios para manter o compromisso com a meta fiscal, o dólar segue valorizando sobre o real.

Além disso, as perspectivas sobre o Copom também interferem no câmbio. Segundo operadores do mercado, não há razões para a piora na desvalorização da moeda brasileira, nesta sessão.

Pelo Gráfico DXY, referente ao dólar dos EUA, a moeda seguiu o caminho contrário no país norte-americano, e recuava %, a US$ , por volta das 17h (horário de Brasília).

Índices do exterior fecharam em alta/baixa

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta segunda-feira (17). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,30%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,91%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,13%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,77% e 0,95%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,47%.