O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (27) com queda de 0,21%, aos 132.730,36 pontos. O dólar comercial caiu 0,12%, a R$ 5,43.
O movimento do mercado se deu em torno dos dados econômicos, com a Pnad Contínua mostrando que o Brasil chegou ao menor patamar de desemprego da série histórica, a 6,6%. Além disso, o Ibovespa também reagiu ao recuou do PCE dos EUA.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, teve baixa de 0,12%, a US$ 100,40.
Conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) nesta sexta-feira, a taxa de desemprego no Brasil registrou uma queda para 6,6% no trimestre de junho a agosto de 2024.
O número representa uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao período de março a maio de 2024, quando a taxa foi de 7,1%.
Esse resultado representa o menor nível registrado para esse período desde o início da série histórica do governo, que começou em 2012.
Já o núcleo do índice de preços de gastos com consumo nos EUA, o PCE, teve um crescimento moderado de 0,1% em agosto, em comparação com a alta de 0,2% registrada em julho.
“Isso sugere que a inflação está controlada, aumentando a probabilidade de novos cortes nos juros. Esse cenário favorece o avanço dos mercados de ações globais”, disse Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
Além desses indicadores econômicos, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) registrou uma aceleração em setembro, avançando para 0,62% após ter apresentado alta de 0,29% em agosto.
“o aumento do IGP-M em setembro gerou preocupações sobre uma possível elevação da Selic, pressionando as taxas de juros futuros”, afirmou Iarussi.
“Outro fator importante, na minha visão, está sendo a recuperação econômica da China, que impulsionou as ações ligadas ao setor de commodities, como a Vale, após uma alta de 4% no minério de ferro”, complementou.
O Banco Central da China reforçou o pacote de estímulos fiscais e monetários no país, nesta semana. Serão injetados cerca de US$ 142 bilhões nos bancos estatais, o maior pacote já visto desde 2008.
“Apesar da leve alta do Ibovespa, ainda existem incertezas fiscais e dúvidas sobre o ritmo de elevação da Selic, especialmente após dados fortes do mercado de trabalho em agosto e o IGP-M de setembro”, analisou o especialista.
A Azul (AZUL4) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 6,06%. Logo atrás, SLC Agrícola (SLCE3) e Carrefour (CRFB3) registraram altas de 5,84% e 5,45%, respectivamente.
Já na ponta negativa, CSN Mineração (CMIN3) liderou as perdas, caindo 4,03%. Em seguida, vieram Embraer (EMBR3) e Usiminas (USIM5), com perdas de 3,71% e 2,19%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4)
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,40% e 0,33%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 2,20%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,47%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,26%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 2,19%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,38% e baixa de 0,84%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 0,88% e desvalorização 0,80%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,04%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 0,39%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 0,39%.
Índices do exterior fecharam em direções opostas
Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta sexta-feira (27). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 1,40%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,70%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,52%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,13% e 0,39%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,33%.