Ibovespa fecha em forte alta puxado por declarações do Fed

Dólar tem maior queda semanal desde maio e fecha a R$ 5,19

O Ibovespa encerrou em alta de 1,65% nesta sexta-feira (27), o melhor resultado na semana. Com isso, o índice acumulou avanço semanal de 2,22% após registrar duas baixas consecutivas. O desempenho de hoje é um reflexo da melhora do cenário internacional, com foco na fala do presidente do Federal Reserve (banco central americano), Jerome Powell, no simpósio em Jackson Hole. 

Internamente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou aumento na bandeira tarifária de setembro, que deixa de custar R$ 9,49 a cada 100 Kwh para R$ 14 no próximo mês. 

Na maior economia do mundo, o chairman do Fed disse que a instituição continuará cautelosa sobre uma possível decisão de elevar os juros, que hoje se encontram próximos a zero, enquanto tentam retornar ao nível econômico pré-pandêmico. 

Além disso, Powell reiterou que pretende evitar controlar a inflação alta, considerada por ele como transitória, para não desencorajar a abertura de vagas de trabalho no processo.

Ainda nos EUA, o índice de inflação PCE (Despesas de Consumo Pessoal, na sigla em inglês) foi divulgado nesta sexta e mostrou expansão de 0,4% em julho na comparação com junho.

A respeito do dólar, a moeda sofreu desvalorização de 3,51% ante o real na semana.

Bolsa

O Ibovespa avançou 1,65%, a 120.677 pontos com volume financeiro negociado de R$ 23,548 bilhões.

Dólar

O dólar comercial reduziu 1,17% a R$ 5,195 na compra e a R$ 5,196 na venda

Índice pela tarde

Às 16h16 (horário de Brasília) o índice avançava 1,37%, a 120.376 pontos. O dólar comercial despencava 1,17% a R$ 5,19.

Ibovespa ao meio-dia 

Às 11h42 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha alta de 1,1%, a 120.025 pontos. O dólar comercial tinha queda de 0,73% a R$ 5,21.

Nesta sexta-feira (27), o Ibovespa teve alta impulsionada após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que a política monetária dos Estados Unidos ainda segue com o curso de uma economia em recuperação.Powell disse ainda que o banco tem situação sob controle e alegou que monitora os setores mais impactados pela pandemia do coronavírus (veja mais aqui). 

No Brasil, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que a percepção sobre a economia brasileira está “nublada” com ruídos do dia a dia. A alegação de Campos Neto aconteceu durante seminário online da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Esfera (veja mais aqui). 

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou com forte queda na quinta-feira (26), em meio a preocupações com a crise hídrica no Brasil e como ela irá afetar a inflação. O índice não se distanciou das bolsas internacionais, com resultados negativos tanto para as bolsas norte-americanas quanto para as asiáticas.

Ainda no radar, hoje será divulgada a bandeira tarifária de setembro pela Agência de Energia Elétrica (Aneel).

No exterior, atenção para as falar mais “hawkish” (favoráveis a um aperto monetário para conter a inflação) dos componentes do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA.

Na manhã desta sexta-feira (27) os índices futuros norte-americanos têm altas, enquanto investidores aguardam as falas de Jerome Powell, presidente do Fed, em relação aos planos da instituição para a redução do programa de compra de títulos.

A expectativa é que a autoridade fale dos prontos que serão discutidos na reunião do Comitê de Política Monetária do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, contudo, ele não deve se comprometer com nenhuma medida definitiva neste primeiro momento.

Na véspera, os índices estadunidenses apresentaram quedas, em meio ao noticiário político. Foi confirmado, pelo Pentágono, explosões próximas ao Aeroporto Internacional Hamid Karzai, no Afeganistão, que deixou 13 trabalhadores norte-americanos mortos e 18 feridos.

As bolsas europeias operam próximas a estabilidade. O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, caiu 0,1%. Com os papéis do setor de recursos básicos liderando as perdas.

A agência oficial de estatística divulgou dados que sinalizaram que a confiança do consumidor caiu 100 pontos em julho para 99 pontos em agosto.

Na Ásia, as bolsas fecham com desempenhos variados entre si, também com investidores esperando as falas de Powell.

O banco central da China aplicou, pela terceira sessão seguida, 50 bilhões de iuanes (US$ 7,71 bilhões; RS 40,4 bilhões) para a recompra reversa de sete dias úteis no sistema bancário. Segundo o Infomoney, o total semanal de injeção líquida é de 120 bilhões de iuanes, sendo este o maior volume desde fevereiro.

Confiras os principais índices às 7h40:

ÁSIA
Nikkei 225 [-0,36%]
S&P/A SX 200 [-0,04%]
Hang Seng [-0,03%]
Shanghai [+0,59%]
 
EUROPA
DAX [+0,03%]
FTSE 100 [-0,02%]
CAC 40 [-0,07%]
SMI [+0,18%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [+0,25%]
US 500 [+0,32%]
US Tech 100 [+0,37%]
US 2000 [+0,26%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,06%] US$ 1.796,35
Prata [+0,11%] US$ 23,613
Cobre [+0,54%] US$ 4,2700
Petróleo WTI [+1,78%] US$ 68,64
Petróleo Brent [+1,57%] US$ 71,26

 

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